domingo, 30 de novembro de 2014

Lição 10 As setenta semanas

Lição 10 As setenta semanas 
7 de Dezembro de 2014

TEXTO ÁUREO


"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos"
 (Dn 9.24).


VERDADE PRÁTICA


Deus revela os seus mistérios a quem reconhece a sua soberania e submete-se a sua vontade em amor e contrição.

HINOS SUGERIDOS 105, 483, 231

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Mt 21.18-22
O ensino de Jesus sobre a fé
S
Terça  - Pv 15.29; Sl 141.2
Deus está pronto a ouvir
T
Quarta - Pv 11.2; 29.23
Humildade e sabedoria
Q
Quinta - Dt 9.18-29
Uma vida de oração
Q
Sexta - Mt 13.1-23
Deus revelou os mistérios do Reino
S
Sábado - Dn 9.1-10
Daniel, um homem de oração
S


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



Daniel  9.20-27

INTERAÇÃO


Prezado professor, na lição de hoje estudaremos as setenta semanas do livro de Daniel. Este é um assunto que deve ser estudado com muita dedicação. Depois de estudar  com zelo as profecias  do profeta  Jeremias,  Daniel compreendeu o futuro do seu povo. A profecia de Daniel começou a se cumprir a partir do decreto da restauração de Israel por ordem do rei Artaxerxes (Ne 2.1-8). Porém, a profecia  ainda não se cumpriu na íntegra, pois a septuagésima semana de Daniel foi interrompida pelo Todo-Poderoso. A Igreja de Cristo não verá  o cumprimento total desta profecia, pois antes que a septuagésima semana se cumpra ela já terá sido arrebatada.

OBJETIVOS



Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer que Daniel compreendeu o futuro de Israel após estudar as profecias de Jeremias.
Compreender as setenta semanas profetizadas no livro de Daniel.
Saber  os propósitos da septuagésima semana.



ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Para introduzir o segundo tópico da lição desta semana reproduza o esquema abaixo conforme as suas possibilidades. Com o auxílio do esquema, explique que a profecia de Daniel começou a se cumprir a partir do decreto da restauração de Israel por ordem de Artaxerxes (Ne 2.1-8), em
444 a.C. Em seguida, diga aos alunos que essa profecia não foi cumprida cabalmente, pois a septuagésima semana de Daniel foi interrompida por Deus. Então deu-se o advento da Igreja. Afirme que a Igreja deve primeiramente ser arrebatada, para em seguida, a profecia sobre a septuagésima semana cumprir-se literal e plenamente.


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Diferentemente dos capítulos anteriores, o nono capítulo de Daniel não descreve o futuro dos impérios mundiais, mas o de Israel. Nesta lição, estudaremos a pesquisa de Daniel quanto à profecia de Jeremias: as setenta semanas, um período de 490 anos para o povo judeu. Este período compreende o fim do tempo da escravidão e do exílio dos israelitas em terras estranhas. A partir de uma circunstância histórica, Deus revelou a Daniel uma verdade futura acerca do seu povo. Pelo período de setenta anos, Israel veria a soberania de D eus inter v in do em seu futuro. E após uma visão estarrecedora dos capítulos 7 e 8, referente ao tempo vindouro, em que "um rei feroz" prefigurava o futuro Anticristo, o profeta enfraqueceu-se física e emocionalmente, restando-lhe tão somente orar e buscar o socorro de Deus.

I. DANIEL INTERCEDE A DEUS  PELO  SEU POVO (Dn 9.3-19)

1. O tempo da profecia de Jeremias (vv. 1,2). Daniel, agora um ancião, ainda exercia suas atividades políticas sob domínio de Dario. O profeta esquadrinhou a mensagem do livro de Jeremias. E descobriu que a profecia de Jeremias determinava um tempo de setenta anos de cativeiro para os judeus. Logo este tempo marcado pelo sofrimento chegaria ao fim. Ao compreender a mensagem, o profeta Daniel orou a Deus, pedindo-lhe o cumprimento da promessa ao seu povo e que, por fim, Ele restaurasse o reino a Israel.
2. A confissão dos pecados  de um povo  (vv.3-11,20). A oração de Daniel demonstrou uma atitude confessional e de reconhecimento da culpa. Ele não apenas informou a culpabilidade do seu povo, mas a sua própria também: "pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos" (v.5). A despeito da sua integridade, Daniel não foi presunçoso diante da justiça de Deus, pois ele colocou-se debaixo da mesma culpa do povo e suplicou o perdão a Deus.
3.  Daniel reconheceu a justiça de Deus  (vv.7,16). A princípio, como um ser humano imerso no sofrimento, Daniel não compreendeu a manifestação da justiça de Deus contra o seu povo, mas ao mesmo tempo ele estava convicto acerca da perfeição da justiça divina.
Não podemos, entretanto, confundir o juízo de Deus com os acertos de contas humanos. A justiça divina não é justiça humana.

SINOPSE DO TÓPICO (1)

As guerras e pelejas entre os crentes são frutos dos desejos egoístas e carnais que carregamos em nosso interior.

II. DEUS  REVELA O FUTURO DO SEU POVO (Dn 9.24-27)

1. As setenta semanas (v.24).   Daniel confirmara que Jeremias profetizou os setenta anos do exílio de Israel (Jr 25.11-13; 2 Cr 36.21). Por isso, na Bíblia, o número setenta ganhou um sentido profético. Assim, cada dia da semana pode significar um ano; cada semana, um período de sete anos. Então, as setenta semanas compreendem o período de 490 anos setenta multiplicado por sete. Mas quando se deu o início do cumprimento das setenta semanas? Para respondermos a esta pergunta temos de explicar primeiramente a expressão "setenta semanas":
a) Explicação. O versículo 24 afirma que Deus determinou as setenta semanas. O bloco que forma os versículos 24-27 é profeticamente dividido em três grupos: 1) sete semanas (49 anos); 2) sessenta e duas semanas (434 anos); 3) uma semana (7 anos). Estes somam as setenta semanas:
b) O primeiro grupo (1). O início desta profecia deu-se com o decreto da reconstrução de Jerusalém (v.25). Os principais estudiosos do assunto concordam que se trata do decreto de Artaxerxes Longímano, baixado em 445 a.C. (cf. Ne 2).
c) O segundo grupo (2).  É o período do advento do Messias, Jesus de Nazaré (vv.25,26). Neste tempo o Senhor foi morto e mais tarde Jerusalém foi novamente destruída através da liderança do general do exército romano, Tito, em 70 d.C.
d) O terceiro (3). Esta semana ainda não aconteceu (v.27). Compare o versículo 27 de Daniel com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma profecia que ainda não se cumpriu. Esta última semana refere-se, então, ao período que implicará o advento do Anticristo e o início do tempo de tribulação para Israel.
2. Os  três  príncipes são mencionados  na  profecia (vv.25,26). O primeiro príncipe é o Messias (v.25). O segundo apareceu posteriormente e destruiu a cidade de Jerusalém e o santuário em 70 d.C., trata-se do general Tito (v.26). E o terceiro príncipe surgirá no futuro, na última semana profetizada por Daniel (v. 27). Este príncipe não é o Messias "tirado" (9.26), mas certamente um personagem mais poderoso que Antíoco Epifânio e o general Tito. Trata-se, portanto, do Anticristo (2 Ts 2.3-9; 1 Jo 2.18).
3. O intervalo que precede a septuagésima semana (v.27).  O estudo das Escrituras demonstra um longo intervalo de tempo que precede a septuagésima semana. A Bíblia identifica este intervalo profético como "o tempo dos gentios". A comunhão espiritual entre judeus e gentios, mediante a salvação em Cristo, formou um novo povo para Deus: a Igreja (Ef 2.12-16; 1 Pe 2.9,10). Atualmente, estamos no tempo da graça de Deus e temos de anunciar o ano aceitável do Senhor para o mundo inteiro (Lc 4.18,19).
Após o tempo gentílico virá a última semana que, identificada pelas profecias bíblicas, significa um tempo de Grande Tribulação.
É neste tempo que o "assolador", isto é, o "anticristo" ou "o homem do pecado" ou "o homem da perdição", virá sobre a asa das abominações (v.27).
Os sinais que precedem a revelação dessa figura abominável estão ocorrendo por toda parte. Todavia, a Igreja de Cristo não mais estará neste mundo, pois a noiva do Senhor será arrebatada antes do tempo da tribulação (1 Co 15.51,52).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Na Bíblia, o número setenta ganhou sentido profético, pois a partir desta visão profética Deus revelou o futuro do seu povo a Daniel.

III. OS PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27)

1. Revelar o "homem do pecado" (2 Ts 2.3). De acordo com as profecias, nem Antíoco Epifânio nem o general Tito foram objetos das predições do versículo 27 de Daniel. A passagem bíblica começa com o pronome "ele", também identificado como "o rei de cara feroz"; "o chifre pequeno"; "o animal terrível e espantoso". Mas quem será o personagem do livro de Daniel? Em o Novo Testamento, ele é identificado como "o anticristo" (1 Jo 2.18; 4.3) e "a besta que saiu do mar" (Ap 13.1). Apesar de apresentada numa linguagem simbólica, a personagem é literal. Trata-se de um líder mundial poderoso que chamará a atenção das nações pela sua diplomacia, astúcia e inteligência política.
2.  A  Grande   Tribulação (Mt 24.15,21). O Anticristo "fará uma aliança com muitos por uma semana (v.27). Note a expressão "com muitos"! Esta quer dizer que o Anticristo fará uma aliança com Israel, mas de início esta aliança não será unânime entre os judeus. Contudo, o Anticristo terá influência suficiente para impor a sua liderança política e, por fim, alcançar o sucesso e sua completa aceitação entre os judeus.
A força política do Anticristo será reconhecida nos três primeiros anos e meio, isto é, na primeira metade da última semana, quando a marca desse tempo será um período de falsa paz e harmonia. Em seguida, surgirá um tempo de sofrimento e tamanha aflição em todo o mundo. Perseguição, humilhação e morte serão a tônica desse tempo, a segunda fase da Grande Tribulação. Entretanto, e antes de tudo isso ocorrer, a Igreja será arrebatada e estará para sempre com Cristo na glória.
3. Revelar a vitória gloriosa  do  Messias. Jesus Cristo, o Messias prometido, será revelado quando da sua segunda vinda visível sobre o Monte das Oliveiras (Zc 9.9,10). O Rei aniquilará por completo o poderio do Anticristo, do falso profeta e do próprio Diabo (Ap 19.19-21) e estabelecerá um reino de paz e harmonia no mundo todo. Esta é uma mensagem de esperança para o nosso coração. Não tenhamos medo, creiamos tão somente! Breve Jesus voltará! Alegremo-nos nesta esperança!

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Os propósitos da septuagésima semana são revelar ao povo de Deus o "homem do pecado", "a Grande Tribulação" e o tempo da vitória gloriosa do Messias.

CONCLUSÃO

Vivemos um tempo de incredulidade. Muitos se dizem teólogos, mas negam e desprestigiam as profecias bíblicas. Eles preferem as alegorias ao invés de se debruçarem sobre as Escrituras e estudá-las com fé, graça e humildade. Entretanto, a Igreja não pode rejeitar as verdades futuras de nosso Senhor. Portanto, corramos e prossigamos em conhecê-lo mais, sabendo que um dia tudo será desvendado aos nossos olhos.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Teológico
"O CONTEXTO DA PROFECIA
Daniel entendeu, a partir das profecias de Jeremias, que o exílio na Babilônia duraria setenta anos (Dn 9.2; Jr 25.11; 29.10). Ele reconheceu que a restauração dependia do arrependimento nacional (Jr 29.10-14), de modo que Daniel intercedeu pessoalmente por Israel com penitência e petições. Ele orou especificamente pela restauração de Jerusalém e do Templo (Dn 9.3-19). Aparentemente, Daniel esperava o cumprimento imediato e completo da restauração de Israel com a conclusão do cativeiro dos setenta anos. No entanto, a resposta que lhe foi entregue pelo arcanjo Gabriel (a profecia dos setenta anos) revelou que a restauração de Israel seria progressiva e se cumpriria definitivamente somente no tempo do fim (LAHAYE, Tim; HINDSON (Ed.). Enciclopédia Popular de  Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.429).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


LAHAYE, Tim; HINDSON (Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
 ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.


SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão CPAD
nº 60, p.41.


EXERCÍCIOS


1. Em relação à profecia de Jeremias, o que Daniel descobriu?
R. Ele descobriu que a profecia de Jeremias determinava um tempo de setenta anos de cativeiro para os judeus. Logo este tempo marcado pelo sofrimento chegaria ao fim.

2. O que a oração intercessória de Daniel demonstrou?
R. A oração de Daniel demonstrou uma atitude confessional e de reconhecimento da culpa.

3. Como está dividido o bloco dos versículos 24-27?
R. O bloco que forma os versículos 24-27 é profeticamente dividido em três grupos: 1) sete semanas (49 anos); 2) sessenta e duas semanas (434 anos); 3) uma semana (7 anos).

4. Como é identificado o intervalo da "septuagésima semana"?
R. Esta última semana refere-se ao período que implicará o advento do Anticristo e o início do tempo de tribulação para Israel.

5. Mencione os propósitos da septuagésima semana.
R. Revelar ao povo de Deus o "homem do pecado", "a Grande Tribulação" e o tempo da vitória gloriosa do Messias

Lição 10 – Eliseu e o milagre do machado flutuante

LIÇÃO 10 – Eliseu e o milagre do machado flutuante
 07 de dezembro de 2014

TEXTO ÁUREO
“Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não podemos compreender” Jó 37.5

VERDADE APLICADA
Por mais simples que seja um milagre, ele pode ser capaz de produzir profundas e inesquecíveis lições em nossas vidas, inclusive, nos despertar para outros ainda maiores.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Mostrar que a vida não é um mar de rosas, e que é imprescindível o caminhar com o Senhor;
2. Ensinar aos alunos alguns passos para se recuperar aquilo que se perdeu;
3. Estimar o valor da salvação que nos foi outorgada por Cristo no Calvário.

Textos de referência
2Rs 6.1-6
1 Eliseu dirigia um grupo de profetas. Um dia eles lhe pediram: —O lugar onde moramos com você é muito pequeno.
2 Dê licença para irmos até o rio Jordão a fim de cortar algumas árvores. Com elas construiremos uma casa para a gente morar. —Podem ir! —respondeu Eliseu.
3 Um dos profetas insistiu que Eliseu fosse com eles. Eliseu aceitou,
4 e eles saíram juntos. Quando chegaram ao Jordão, começaram a trabalhar.
5 Um deles estava cortando uma árvore, quando, de repente, o ferro do seu machado escapou do cabo e caiu na água. —O que vou fazer, senhor? —gritou ele para Eliseu. —O machado era emprestado!
6 Onde foi que ele caiu? —perguntou Eliseu. O homem mostrou o lugar. Então Eliseu cortou um pedaço de pau, jogou na água e fez o machado boiar.

Glossário
Incidente: Acontecimento inesperado;
A priori: O que vem antes de;
Vicário: O que substitui.

Leituras complementares:
Segunda Ex 26.30
Terça Ez 43.10
Quarta Jo 13.15
Quinta 1Ts 1.7
Sexta 1Tm 4.12
Sábado Tt 2.7

INTRODUÇÃO
Fazer o ferro do machado flutuar parece ter sido um milagre muito simples, todavia, mesmo sendo um milagre não muito chamativo, sua essência é muito poderosa, pois traz consigo imprescindíveis lições espirituais para as nossas vidas.

1. A importância da presença de Deus
Elias havia estabelecido uma escola de profetas em Jericó, e Eliseu deu seguimento, a escola cresceu e o lugar ficou pequeno (2Rs 6.1). Com o desejo de melhora, os jovens aprendizes, discípulos dos profetas, resolveram ir até o Jordão cortar madeira, onde ocorreu o incidente e o milagre. Destacaremos três coisas fundamentais nesse primeiro ponto:

1.1 O desejo de crescer
O lugar em que Eliseu ensinava aos jovens profetas estava pequeno para a quantidade de alunos que possuía, e um deles sugeriu que fosse ao Jordão com eles, pois cortariam madeira para ampliar o local. Enquanto trabalhavam, o ferro do machado de um deles acidentalmente se soltou o cabo, e afundou nas profundas águas do rio. O grande problema aqui não foi perder a haste do machado, mas porque era emprestado (2Rs 6.5). O desejo de crescer é comum a todos nós, porém, precisamos estar cientes que nem sempre as coisas sairão como pensamos, porque estamos sujeitos a imprevistos e acidentes de percurso. Quando o ferro foi perdido, eles não mergulharam na água, nem criaram uma estratégia para recuperá-lo, eles se dirigiram a quem poderia resolver (2Rs 2.21; 4.2-7,34 e 41). Poderíamos agir assim também na hora de nossos desesperos!

1.2 A presença do profeta e sua importância
A presença de Eliseu entre os jovens tipifica a presença do Senhor em nosso meio. Quando a ideia foi autorizada por Elizeu, eles não saíram sem antes assegurarem-se que Elizeu iria com eles ao local (2Rs 6.3). Isso significa que esse empreendimento iria contar com a presença Divina a cada passo do caminho. Com o passar dos tempos muitos cristãos se apartaram desse tipo de relação tão necessária e indispensável à caminhada por esta vida. Se agíssemos como esses jovens, não erraríamos tanto. Não perderíamos tanto tempo para acertar. Gastamos quase uma vida inteira para chegar a uma determinada coisa que se estivéssemos conectados a Deus, não passaríamos por tantas decepções e tantas incertezas. Deus tem o sobrenatural, precisamos caminhar juntos a Ele (Sl 77.11,14; Jr 33.3).

1.3 A atitude que precedeu o milagre
Precisamos aprender a conviver com o sobrenatural, Deus opera de forma imprevisível. Um Evangelho que não manifesta o sobrenatural em nada difere das demais religiões. Eles primeiro chamaram a companhia do Senhor, e depois clamaram a Ele. Eles não ficaram criando meios de produzir um milagre, se dirigiram a quem vivia cotidianamente com eles. Eles buscaram a saída correta para aquele momento de pavor. Devemos entender que Deus não se move dentro da lógica, da física, matemática, e demais regras de sabedoria humana. Sabemos que para Ele não existe impossíveis (Gn 18.14ª; Lc 1.37). Embora fosse possível tentar recuperar o ferro submerso, eles recorreram ao sobrenatural.

2. Recuperando o que se perdeu
Para que serviria um cabo sem a haste do machado? Apenas como lembrança de que um dia aquele cabo e aquela haste eram eficientes. Porém, somente unidos é que poderiam ser o que eram. Um cabo sem a haste não corta, assim como uma pessoa natural nada pode produzir na esfera sobrenatural. Vejamos algumas lições da recuperação:

2.1 Onde caiu?
A pergunta de Eliseu é muito prática. Como poderemos recuperar algo que não sabemos onde pode estar? Geralmente, quando esquecemos um documento importante ou algo de valor e não sabemos onde pode estar? Geralmente, quando esquecemos um documento importante ou algo de valor e não sabemos onde encontrar o que fazemos? Paramos, respiramos, e tentamos recapitular cada passo dado durante o dia, é como se voltássemos no tempo (Ap 2.5a). No mundo espiritual também é assim. Temos que lembrar onde tudo começou a dar errado, onde a porta foi aberta para o inimigo cirandar em nossas vidas, onde lhe demos legalidade. Se um mal nos advém, não vem sem causa (Pv 26.2). Jesus perguntou ao pai do lunático desde quando aquilo acontecia (Mc 9.21). Tudo na vida tem um começo, nada na vida é sem resposta. Dificilmente não sabemos onde caiu nosso machado!

2.2 Reconhecer o valor é fundamental para a busca

O jovem sabia o valor daquele pequeno ferro do machado. Ele valia sua liberdade, seu futuro como profeta. Ele sabia o que estava em jogo, não era apenas uma pequena haste de ferro, era uma ferramenta valiosa, mesmo sendo simples. Assim também é a vida cristã! Por menor que seja a ferramenta que o senhor colocou em nossas mãos devemos valorizá-la. Perder o talento é algo muito sério, compromete a liberdade (a salvação). Por causa de uma moeda a mulher revirou a casa inteira. Ela ainda tinha nove, mas essa era a fundamental, ela sabia o seu valor (Lc 15.8). Em nossos dias, muitos não somente estão perdendo a ferramenta mas afundando juntamente com elas no rio (Ap 2.5).

2.3 Estende a tua mão
“E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro. E disse: Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou” (2 Rs 6.6-7). Assim como Eliseu, o Senhor deseja também nos desenvolvera ferramenta perdida. Basta apenas que sejamos sinceros e digamos onde caiu. O profeta cortou uma madeira para que o ferro pudesse levantar-se, de igual maneira Cristo por sua morte no madeiro foi a madeira cortada e lançada no mar da humanidade para que seus servos possam erguerem-se. Poucos entendem, a importância desse ferro, ele custou a própria vida do Filho de Deus, que foi sacrificada para que pudéssemos nos reconciliar com o Pai Celestial (Cl 1.13; 2.13-14).

3. As lições de um machado flutuante
Eliseu era um homem simples, um profeta que se identificava com as pessoas. Como mestre ele não somente ensinava, mas apresentava de forma nítida o poder do Senhor a seus alunos. O milagre parece simples a priori, mas é recheado de profundas verdades espirituais.

3.1 Corpo sem cabeça
O maior problema de Jesus antes de sua morte e ressureição residia em não possuir um lugar para reclinar sua cabeça (Mt 8.18-20). Jesus tinha residência física nesse tempo, ele não tinha residência espiritual. Ele sabia que uma cabeça sem corpo fica sem governo. Se traçarmos um paralelo veremos que o ferro representa a cabeça do machado, e a madeira seu corpo. Lucas destaca claramente esse paralelo: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Observe que não é “quem” (pessoas), mas “o que” (algo). Quando Adão pecou não perdeu só a comunhão com o criador, ele perdeu também o governo da humanidade. Por isso, Jesus veio ao mundo, e a salvação engloba tanto a vida humana, quanto uma posição de governo na esfera espiritual (Mt 28.18; Ef 1.22-23; 2.1-6).

3.2 O trabalho humano
Quando o ferro do machado já flutuava e estava visível, Eliseu disse ao discípulo que com ele estava: “Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou” (2 Rs 6.7). Esta sincera conclusão do relato nos recorda que em todo o milagre existe uma função Divina e outra humana. Existem coisas que para nós são impossíveis realizar, das quais Deus se encarrega de fazer. Quando o ferro já estava visível, a responsabilidade de extraí-lo da água já não era mais de Deus, e nem tampouco de Elizeu. Era algo que o discípulo podia e devia fazer. A regra é clara: Deus não fará por nós, aquilo que nós mesmos devemos fazer (Pv 6.6-11). Ficaremos prostrados após a queda, ou levantaremos?

3.3 O precioso resgate
Trazendo esse relato para os nossos dias, podemos afirmar com toda a convicção que a graça de deus pode levantar um coração duro e frio como o ferro. O Jordão nesse tempo era muito profundo em relação aos nossos dias. Hoje ele comporta apenas dez por cento do que possuía na antiguidade. O ferro flutuou de águas muito profundas e escuras. Do mesmo modo, Deus pode fazer emergir um pecador da mais profunda escuridão do pecado, pode elevar seus afetos para se interessar pelas coisas de cima, onde Cristo está assentado, e conduzi-lo a uma profunda satisfação e uma gloriosa esperança (1 Pe 1.3; 2 Pe 1.3-8).

CONCLUSÃO
A madeira foi lançada ao mar para que o ferro pudesse ser recuperado. Cristo já fez a Sua parte, agora cabe a cada um de nós estendermos as mãos e tomarmos posse desta tão grande salvação que nos foi outorgada por Seu sacrifício vicário (Hb 2.3).

Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista: Milagres do Antigo Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014

Questionário
1 – Quem eram os jovens que Eliseu seguiu até o Jordão?
2 – Qual o desejo desses jovens?
3 – O que representa na lição a presença de Elizeu?
4 – Qual a tipologia da madeira lançada no rio?

5 – Qual a nossa responsabilidade diante do rio?

domingo, 23 de novembro de 2014

Lição 9 O prenúncio do tempo do fim.

Lição 9 O prenúncio do tempo do fim.
30 de novembro de 2014


TEXTO ÁUREO

"E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se exercerá no determinado tempo do fim"  (Dn 8.19).


VERDADE PRÁTICA

O tempo do fim não é o fim do mundo, mas o tempo de tratamento de Deus com o povo de Israel, prenunciando a vinda de Cristo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Tt 2.13    O aparecimento do grande Deus
S
Terça  - Dn 7.13    Cristo vindo em glória nas nuvens
T
Quarta - Mc 13.26    Cristo vindo com grande poder
Q
Quinta - Mt 25.31,32     Jesus vindo em glória para julgar as nações
Q
Sexta - At 1.10,11       Os anjos afirmam que Jesus voltará
S
Sábado - Mt 16.27    Jesus vindo para julgar a cada um
S


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Daniel 8.1,3-11

INTERAÇÃO

"O tempo do fim." Há pessoas que têm arrepios quando ouvem tal expressão. Mas esta nada tem com o fim do mundo. Todavia, parece que o tema escatológico do fim do mundo mexe com os sentimentos das pessoas. Não por acaso, a indústria cinematográfica americana tem investido bilhões de dólares acerca destes temários. No meio evangélico não é diferente, pois não poucos autores e cineastas têm assustado pessoas fazendo com que as profecias pareçam um filme de Hollywood. Quando ensinamos o oitavo capítulo do livro de Daniel, a nossa perspectiva de ensino não pode ser a do terror, mas a da esperança. Apresentando aos nossos alunos o triunfo do Reino de Deus mediante o contexto profético apresentado no capítulo em estudo.

OBJETIVOS

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer os símbolos proféticos do carneiro e do bode.
Identificar a visão do chifre pequeno.
Compreender o período do tempo do fim


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, após lecionar o primeiro tópico da lição, sugerimos que reproduza o esquema da baixo. A ideia é reforçar o aprendizado dos alunos. De acordo com o esquema elaborado e objetivando a assimilação das informações pelos alunos, é salutar ao professor acrescentar ao esquema proposto figuras do bode, do carneiro e dos impérios medo-persa e grego - as imagens podem ser identificadas na internet ou adquiridas nas lojas da CPAD. A exposição oral do assunto conjugado ao esquema e as figuras dos animais farão com que os alunos tenham sucesso no processo ensino-aprendizagem. Boa aula!

O CARNEIRO
OS CHIFRES DO CARNEIRO
O BODE
E O GRANDE CHIFRE
O  significado do  carneiro é  o  advento  do  império medo-persa
Eram dois os chifres do carneiro: o maior e o menor. O maior referia-se a Ciro, o persa; o menor, Dario da Média
A figura do bode representava o império grego. E o chifre, o imperador Alexandre.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

No capítulo sete, Daniel tem a visão dos quatro animais, cada um destes representando um império mundial. No capítulo oito, que estudaremos nesta lição, o profeta tem sua segunda visão. Ele viu um carneiro lutando contra um bode. Na verdade, este capítulo repete muito da predição do capítulo dois, e especialmente do capítulo sete. Todavia, o capítulo oito acrescenta detalhes importantíssimos quanto aos períodos medo-persa e grego.

I. - A VISÃO  DO CARNEIRO E DO BODE  (Dn 8.3-5)

1. A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20). Esse carneiro simbolizava o império medo-persa (v.20). Segundo os historiadores, no caso dos persas, os seus reis sempre levavam como emblema uma cabeça de carneiro em ouro sobre a cabeça, principalmente quando passavam em revista os seus exércitos. De acordo com a história, os medos haviam prevalecido na guerra com a Babilônia. Dario foi o primeiro governante da união entre a Média e a Pérsia. Porém, logo os persas prevaleceram em força e Ciro tornou-se o rei do império.
O carneiro identificado como o império medo-persa venceu e derrotou o império babilônico quando Belsazar estava no poder. No mesmo dia em que Belsazar zombou de Deus ao utilizar os utensílios sagrados do templo de Jerusalém, ele caiu nas mãos dos medo-persas. Nota-se que há uma repetição do predito na visão do capítulo sete sobre o segundo e o terceiro impérios, porém, Deus de maneira especial mostrou a Daniel o que estaria fazendo no futuro desses impérios e com o próprio povo de Israel.
2. Os chifres do carneiro. Os dois chifres do carneiro não eram iguais, pois um dos chifres era maior que o outro. O maior representava Ciro, o persa (v.3) e o menor representava Dario, da Média. Na cronologia histórica, Ciro sucedeu a Dario. Eventos importantes aconteceram no período desses dois reis até que o carneiro foi vencido, surgindo na visão de Daniel a figura de um bode que ataca o carneiro e o vence (vv.5-7).
3. A visão do bode (Dn 8.5-8). A figura do bode, na mitologia do mundo de então, simbolizava o poder e a força. Na visão de Daniel, o bode arremeteu contra o carneiro com muita força, ferindo-o e quebrando os seus dois chifres.
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, "o bode representava a Grécia, e seu grande chifre refere-se a Alexandre, o Grande (8.21)". O carneiro foi totalmente dominado e humilhado. Seus dois chifres foram quebrados e, após isso, ainda foi pisoteado sem compaixão pelo bode. Foi uma profecia de completa sujeição e derrota do império medo-persa pelos gregos.
Nos versículos oito e nove, a "ponta notável" se quebra e surge em seu lugar quatro outras pontas (ou chifres). Esses quatro chifres menores representam os quatro generais que assumiram o império grego depois da morte de Alexandre, o Grande

SINOPSE DO TÓPICO (1)

A visão do bode e do carneiro refere-se respectivamente aos impérios medo-persa e grego

II. O CHIFRE PEQUENO (Dn 8.9)

1. A visão da ponta pequena.  Na visão do profeta Daniel, surge de uma das quatro pontas notáveis, "uma ponta mui pequena" (v.9). Daniel percebeu que esta "ponta pequena" cresceu muito, especialmente direcionada para a " terra formosa", Israel. Essa "ponta pequena" refere-se a Antíoco Epifânio que tornou-se um opressor terrível contra os judeus. Ele surgiu da partilha do império de Alexandre e a ele coube o domínio da Síria, Ásia Menor e Babilônia.
2. A ultrajante atividade desse rei  contra   Israel (Dn 8.10,11). Os versículos dez e onze falam das ações ultrajantes do "pequeno chifre" contra o povo de Deus, profanando o santuário de Israel e tentando acabar com o "sacrifício contínuo" que Israel fazia ao Senhor.
3. A purificação do santuário  (Dn  8.14).  Segundo a história, a purificação do santuário ocorreu três anos e dois meses depois de o altar do Senhor ter sido removido por Antíoco. Deus é bom e misericordioso. Mesmo seu povo sendo infiel, Ele iria purificá-los e restaurá-los.

SINOPSE DO TÓPICO (2)

O chifre pequeno de Daniel 8.9 refere-se à Antíoco Epifânio, um opressor cruel e terrível contra Israel.

III. ANTÍOCO EPIFÂNIO, O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO

1. Antíoco Epifânio. Por ora basta dizer que este foi um rei da dinastia Selêucida (Babilônia e Síria) que perseguiu os judeus de Jerusalém e da Judeia. Trata-se do rei de cara feroz descrito no versículo vinte e três. Este monarca cometeu tantas atrocidades contra o povo de Deus, que muitos o veem como um tipo do Anticristo.
2. A visão do anjo Gabriel (Dn 8.16). O "Gabriel" mencionado no versículo dezesseis é um anjo que o Senhor enviou com o propósito de explicar a Daniel a visão. Esse mesmo Gabriel também foi enviado a Zacarias e, igualmente, a Maria, para anunciar o nascimento de Jesus (Lc 1.1-38). Como veremos, no capítulo nove ele aparece novamente a Daniel.
3.  O  tempo  do  fim  (Dn 8.17).  Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, "o fim do tempo", neste caso é uma alusão a todo o período entre o final do exílio e a segunda vinda de Cristo". Os governantes e impérios visto por Daniel no capítulo oito já não existem mais. Homens como Alexandre e Epifânio morreram e seus impérios chegaram ao fim, pois os reinos deste mundo são efêmeros. Somente um reino nunca terá fim o reino do Messias: "O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão" (Dn 7.27).

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Por perseguir os judeus em Jerusalém e na Judeia, por cometer tantas atrocidades contra o povo de Deus, Antíoco Epifânio é considerado por muitos estudiosos um tipo do Anticristo

CONCLUSÃO

Deus é soberano e a história do mundo faz parte dos seus desígnios. Ele conhece toda a história, começo e fim. O futuro do homem e do mundo está sob o olhar do Altíssimo


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Histórico
"MEDOS, MÉDIA
Em Isaías 13.17,18 e Jeremias 51.11,28, foi predito o papel que os medos iriam desempenhar na queda da Babilônia, embora nessa época os persas estivessem dominando. Daniel também atribui aos medos um papel importante na queda da cidade da Babilônia (Dn 5.30,31). Talvez em 539 a.C. os exércitos de Ciro o Grande fossem dirigidos por um Dario, o medo, que 'ocupou o reino, na idade de sessenta e dois' (v.31). Entretanto, é difícil identificar esse Dario, o medo. O estudioso J. C. Whitcomb Jr. acredita que era o Gubaru das Crônicas de Nabonido (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário  Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.1242-43).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Histórico
"PÉRSIA
Os reis assírios foram os primeiros a mencionar a Pérsia em seus relatos. Salmanaser III recebeu tributo dos reis da Parsua em 836 a.C., Tiglate Pilaser III invadiu a Parsua em 737, e Senaqueribe lutou contra eles em Halulina em 681. Aquêmenes (Hakhmanish da Pérsia) foi o ancestral epônimo que fundou a dinastia persa. Teispes, filho de Aquêmenes, dois netos, Ariyaramnes e Ciro I, e um bisneto, Cambises, governaram a terra natal, mas foram subordinados aos seus primos mais poderosos do norte, os medos. A pátria deste povo de língua indo-europeia era chamada de Parsa, mas eles a chamavam de Airyana, do sânscrito arya, 'nobre', e a partir daí o atual Irã. O país situava-se a leste de Elão a partir do golfo Pérsico até o Grande Deserto de Sal. Este povo passou pelo planalto do Irã e ocupou esta região no início do primeiro milênio a.C.
Depois da queda de Nínive, em 612 a.C., os medos controlaram todo o norte da Mesopotâmia. O casamento de Cambises com a filha do rei medo Astíages, resultou no nascimento de Ciro II. Este líder uniu as tribos persas e juntou forças com Nabu-na'id (Nabonido) da Babilônia, em uma revolta contra os medos. Em pouco tempo, o controle da Média caiu nas mãos de Ciro o Grande, em 547 a.C. ele venceu Creso, o rei de Lídia que governava a Anatólia ocidental.
Ciro não fez uma mudança radical quando tomou os reinos dos caldeus, mas instituiu reformas. Colocou o templo da Babilônia sob sua própria administração, mas teve uma atitude iluminada em relação às religiões que eram diferentes da sua. Os judeus exilados não foram os únicos a receber liberdade religiosa e voltar para a sua terra natal (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.1515-16).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por  Versículo: As visões para estes últimos dias. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
STAMPS, Donald C (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão CPAD
nº58. p.40.

EXERCÍCIOS
1. Quais são os dois animais da visão do capítulo oito?.
R. Ciro, o persa; Dário da média.

2. O carneiro simbolizava qual império?
R. O império medo-persa.

3. O que representava os dois chifres do carneiro?
R. O carneiro e o bode.

4. A ponta pequena do chifre refere-se a quem?
R. Essa "ponta pequena" refere-se à Antíoco Epifânio que tornou-se um opressor terrível contra Israel.

5. Alguns teólogos veem Antíoco como um protótipo de quem?
R. Protótipo do Anticristo