segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Feliz 2016 a todos!!!!!!




Queridos Irmãos e Amigos, primeiramente agradecemos ao Senhor Jesus, por nos conceder essa graça de podermos falar do Evangelho de Cristo, tivemos um ano conturbado, mas o Senhor nos guardou, nos livrou e nos deu vitória, diante das expectativas viveremos um ano desafiador, devemos colocar nossos projetos, família, ministérios e sonhos na presença do Senhor, para que ao realizar um balanço no final do ano, possamos agradecer e nos alegrarmos em Cristo e dizer: “1 Samuel 7:12  “....Até aqui nos ajudou o Senhor” alcançando as promessas e propósitos que idealizamos, Desejamos a todos um feliz 2016, a todos aqueles que direta ou indiretamente fizeram parte das nossas vidas, e que sejam todos muito abençoados em Cristo Jesus, e que a paz de Cristo Jesus reine sempre na sua vida, família e Ministério e onde seus pés ou suas mãos tocarem chegue a bênção do Senhor.


Abraços carinhoso
Osny e Régia.

Lição 1 O cristão e a família do século XXI.



Lição 1 O cristão e a família do século XXI.
3 de janeiro de 2016.

Texto Áureo
Isaias 44.3
“Porque derramarei água sobre o sedento, e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha Bênção, sobre os teus descendentes”.

Verdade Aplicada
A família é um fenômeno social presente em todas as sociedades. Sem família não existe sociedade.

Objetivos da Lição
Mostrar as mutações da família em relação aos  séculos passados;
Apresentar a importância do relacionamento entre pais e filhos na família;
Expor a importância do ensino cristão e o relacionamento com a Igreja.

Glossário
Afazeres: trabalhos, ocupações;
Estigmatizar: censurar, verberar;
Procriação: Ato ou efeito de procriar; reprodução, geração.

Leituras complementares
Segunda Êx 20.12
Terça Sl 107.5
Quarta Pv 15.33
Quinta Mt 15.4
Sexta Ef 6.2-3
Sábado Cl 2.8

Textos de Referência.
Deuteronômio 6.4-9
4 Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
5  Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder.
6  E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração;
7  E as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.
8  Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos.
9  E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.

Hinos sugeridos.
212, 291, 469

Motivo de Oração
Ore para que as lições da Escola Bíblica Dominical falem profundamente aos corações.

Esboço da Lição
Introdução
1. Família, criação de Deus.
2. A família e os desafios.
3. A família e a Igreja.
Conclusão

Introdução
O século XXI traz o desafio de um mandamento cultural na contramão do que foi vivido nos séculos passado. É preciso estar alicerçado em Deus não somente para compreender esse tempo, mas para viver sob a égide divina (CL 2.8).

1. Família, criação de Deus.
A família sempre foi o alvo principal das forças do mal. A Igreja está atenta a esses ataques, pois os tais não somente desestruturam a fé cristã, como também desintegram a sociedade de modo geral. A família é um tesouro e como tal, deve ser guardada e preservada (Mt 6.21).


1.1. Família um tesouro.
Segundo a Declaração Nacional dos Direitos Humanos, a família é o elemento natural, universal e fundamental da sociedade. Sem família não há sociedade. A degradação da sociedade acontece por causa da deterioração da família. A Igreja é uma família composta por famílias. Se uma família estiver edificada, a Igreja também estará. Todavia, se a família for destruída, a Igreja também será. É nosso dever cuidar das famílias. Se a sociedade se dissolve, o problema está na ausência de famílias solidificadas em Cristo.

É importante comentar com os alunos que as famílias são o alicerce da sociedade e que família sem princípios resulta também numa sociedade sem princípios. Mostre para eles que quando os valores divinos predominam em uma casa o destino de seus membros se distinguem dos demais da sociedade. Uma casa alicerçada em Deus não cairá ao ruído dos ventos enigmáticos dos falsos ensinamentos e não irá se misturar com o todo do mundanismo. Os valores cristãos são morais e espirituais; eles conduzem a família cristã não somente ao topo da comunhão com Deus, mas a uma vida de paz e sucesso (Lc 6.47-49).
 
1.2. A importância da família à luz da criação.
Deus não uniu o homem e a mulher somente para que um suprisse as necessidades e carências do outro. Seu projeto vai além de companheirismo e procriação. Deus sempre quis ser conhecido através das famílias. Adão foi o modelo original, feito á imagem e semelhança de Deus. Isto significa que toda a humanidade descendente de Adão portaria consigo a mesma essência divina (Gn 1.26). Desse modo, os atributos e a grandeza de Deus surgiriam naturalmente através dos filhos gerados pelo primeiro casal. A grande comissão sempre foi um projeto do Éden (Mt 28.18-20). O plano do inimigo é sempre sabotar essa essência, como no Éden, e assim fazer com que a humanidade seja apartada de Deus, gerando filhos assassinos, violentos e cheios de promiscuidade (Jo 10.10).

Comente com os alunos que, quando as famílias se formaram segundo a vontade de Deus, elas se tornam fortes, sadias e felizes. A presença de Deus em um lar não somente eleva os membros da casa a uma vida repleta de valores, mas influi com esses mesmos valores na sociedade, contribuindo tanto para seu bem-estar quanto para a propagação do conhecimento de Deus. Assim, uma família estruturada é uma Igreja ambulante, que prega sem esboçar palavras. É como o sal que, por onde passa, transforma o sabor (Mt 5.13).

1.3. A família e a sociedade atual.
A sociedade atual vive uma mutação em comparação com a família dos séculos passados. A autoridade patriarcal e a divisão de papéis ganharam novos significados nesse século. Em geral, a mulher do século XXI é uma mulher independente, que gera seus próprios recursos e que, ao lado de seu esposo, soma na renda familiar. Ela já administra empresas, leciona em faculdades, lidera, pilota aviões e preside nações. Durante muito tempo, a mulher viveu estigmatizada, censurada e vista pela sociedade somente como uma ajudadora e procriadora. Esse projeto igualitário traz a compreensão de ajuda mútua (Ec 4.9-10). Por outro lado, os filhos têm sofrido com a ausência dos pais.

Esclareça para os alunos que, com a nova sociedade, houve uma associação na liderança familiar, onde o marido também contribui no cuidado dos filhos e nos afazeres domésticos. Por outro lado, os filhos do casal moderno sofrem pela ausência dos pais que, consumidos pelo trabalho, fracassam na paternidade sobre os filhos. Eles precisam manter a renda e, enquanto lutam pela sobrevivência, fracassam como pais. Os estudiosos chegaram a afirmar que todo o caos do mundo se centraliza na ausência de pais na sociedade. Ser pai não é um título, é uma função (Jo 5.26).

2. A família e os desafios.
Prevenção é a única maneira pela qual evitamos o mal. A vida cristã não é fácil e é ainda mais complicada porque lutamos contra o que não vemos. Nossos inimigos são invisíveis e atuam nas áreas de nossas vidas que não estão alicerçadas (Ef 6.12).

2.1. Conflitos na família.
Jesus disse que, antes de construir, devemos fazer cálculos da construção, para que, pondo os alicerces, não deixemos a obra sem terminar e sejamos escarnecidos (Lc 14.28-30). Nosso século é o século dos casamentos precoces, onde meninas se tornam mães antes da maioridade e os jovens casais vão morar com os pais por falta de planejamento. Temos uma sociedade recheada de casais imaturos e o resultado dessa ausência de planejamento é um número sem fim de mães solteiras e filhos em pais. Estes, por falta de alicerces familiares, repetem os mesmos erros de seus pais em seus relacionamentos e, assim, a sociedade vai se transformando em um campo de batalha por causa da ausência dos padrões divinos estabelecidos para o matrimônio (Ef 5.31).

Ensine aos alunos que contrair um matrimônio sem antes conhecer os padrões estabelecidos por Deus é como entrar numa guerra sem o auxílio de armas. Não se casa somente por amor ou porque se tem fé, é preciso planejamento. É por esse motivo que muitos casamentos não subsistem (Am 3.3).

2.2. Comunicação entre pais e filhos.
A ausência de diálogo entre pais e filhos é um dos grandes males deste século e o grande vilão é a falta de tempo. As responsabilidades do lar são parte integrante da vida do casal e isto inclui a tarefa de instruir os filhos. Infelizmente, em muitos lares, os filhos são instruídos pela TV, internet, entre outros. É dever dos pais ensinar (Pv 22.6). Deus ordenou aos pais que instruíssem seus filhos, que dialogassem com eles acerca da Lei (Dt 6.6-7). A semente do diálogo deve ser plantada já na infância. Pais e filhos precisam ser amigos e confiar um no outro. Quando Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30), nos revelou a grandeza do relacionamento entre pais e filhos.

Explique para os alunos que sempre foi comum à mãe cuidar do aspecto emocional dos filhos, isso porque o pai sempre esteve ausente, cuidando em prover as necessidades do lar. Por isso, a relação mãe e criança sempre foram mais intensas. Todavia, com as transformações econômicas, sociais e de costumes, hoje o pai participa de maneira mais efetiva na formação da personalidade dos filhos e isso sempre foi padrão divino (Pv 22.6). 

2.3. Relacionamentos entre pais e filhos
Nosso maior exemplo de filho é Jesus Cristo. Ele nos ensinou como um filho se relaciona com um pai, como respeita seu legado e como deve honrá-lo (Ef 6.2-3). Por não terem aprendido a se relacionar com seus pais e nem tampouco a respeitá-los, há muitos filhos maldizentes em nossa sociedade, que apenas pensam em si mesmos e não correspondem ao sacrifício feito por seus pais. Quanto aos pais, estes também devem honrar seus filhos, serem presentes sem suas vidas, dar-lhes amor, amizade e atenção. Enquanto os filhos devem aprender a honrar seus pais, os pais devem funcionar como pais, não somente dando ordens, mas sendo amigos íntimos e exemplos de vida para eles.

Enfatize para os alunos que a honra aos pais é um mandamento. Ensine para eles que a ausência de honra redunda em infelicidade e vida curta. Quando olhamos para a sociedade na qual vivemos, observamos que os jovens estão sofrendo. Muitos estão sem perspectiva do futuro, tornaram-se delinquentes, mães solteiras. Tudo porque desejaram ser insubordinados e sem afetos por seus pais (Ef 6.2-3). Diga aos alunos que a vida está ligada à honra e honrar é reconhecer aquilo que a pessoa é por si mesma, ou que por mérito conquistou (Rm 12.10; 13.7).

3. A família e a Igreja.
A relação família e Igreja é fundamental para a existência de ambas. Enquanto os ditames do mundo bombardeiam as famílias moral e espiritualmente, a Igreja é a única instituição onde a família cristã pode refugiar-se e sobreviver aos ataques do maligno (Mt 16.18b).

3.1. A EBD e a família.
Deus nos ensinou que só existe uma coisa que conduz Seu povo à perdição: a falta de conhecimento (Os 4.6). A Escola Bíblica Dominical é uma porta aberta para o ensino cristão. É um instrumento de crescimento espiritual para as famílias. Tanto a família quanto a EBD possuem o mesmo alvo: formar cristãos maduros e produtivos, que honram a Deus e o servem. Assim como os pais tem como obrigação instruir seus filhos no caminho do Senhor, a EBD age da mesma maneira com os filhos espirituais da Igreja.

Ressalte para os alunos o privilégio de fazer parte da Escola Bíblica Dominical (EBD). Diga para eles que a cada trimestre temos uma oportunidade única de estudar a Palavra de Deus, aplicando-a a vida pessoal e com uma mensagem adequada a cada faixa etária. Esclareça para eles que a Escola Dominical é um instrumento de crescimento espiritual para toda a família. Nela, nossos filhos são corroborados em princípios cristãos e instruídos em caráter. Motive os alunos a lerem e estudarem a Bíblia. Nosso prazer em meditar na Lei do Senhor de dia e de noite nos torna bem-aventurados (Sl 1.2). Diga para eles que todos os dias o nosso Eterno Deus se revela de modo mais intenso (Os 6.3).

3.2. A relevância do culto doméstico.
Quando um lar cristão abre as portas para a Palavra, abre tanto para a felicidade quanto para a felicidade quanto para o êxito. Cultuara Deus no lar nada mais é que cumprir uma ordenança divina (Dt 6.6-9; Pv 1.7-9; 6.20). Quando nos esforçamos em conduzir nossos filhos e família a um relacionamento pessoal com Deus através do ensino da Palavra, estamos não somente preparando-os para a salvação, mas conduzindo-os a uma vida saudável e sem contaminação. A igreja tanto é uma extensão de nossa casa, quanto nossa casa deve ser uma extensão da igreja. Tudo começa no lar e não existirá igreja forte se as famílias estiverem fracas.

Pergunte aos alunos se eles têm o hábito de realizar o culto doméstico com suas famílias. Deixe-os comentarem um pouco sobre a relevância do culto doméstico e o seu reflexo tanto na família quanto na igreja. Chame a atenção dos aluno0s para um retorno à leitura das Sagradas Escrituras.

3.3. Família servindo a Deus.
O que conduz qualquer família ao desmoronamento é a ausência de Deus. A presença de Deus torna um lar agradável e pacífico. Numa casa onde há tempo para se buscar a Deus e adorá-lo a atmosfera é agradável e santa. A Bíblia nos ensina que se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam (Sl 127.1). O senhor bate a nossa porta e devemos abrir para que ele entre, sente à nossa mesa e ceie conosco (Ap 3.20). Quanto mais íntimos de Deus, mais afastados seremos do mundo.

Merece ser destacado para os alunos que, segundo o escritor George Ladd, uma refeição em conjunto tinha muito mais significado no antigo mundo judaico do que tem hoje em dia. Era um símbolo de afeição, confiança e intimidade. Os fariseus criticavam Jesus não só por se reunir com publicanos e pecadores, mas por comer com eles (Lc 15.2). Dessa maneira, o texto de Apocalipse 3.20 contém uma promessa de comunhão a mais íntima possível. Infelizmente, o culto da igreja em Laodicéia era uma fraude vazia. Explique para os alunos que não podemos nos tornar íntimos de Deus apenas vindo aos cultos. É necessário ter uma vida diária de oração e leitura. Deus relaciona conosco e se aproxima de nós quando desejamos estar com Ele (Tg 4.8).

Conclusão.
Nosso Deus é um Deus pessoal. Ele é um  Deus de relacionamentos. O Pai da Eternidade é um pai extremamente amoroso. Ele deseja ser íntimo de todos os filhos gerados á Sua imagem e semelhança (Gn 1.26).

Questionário.
1. Cite um dos grandes males de nosso século?
R: A ausência de comunicação entre pais e filhos (Pv 22.6).

2. O que acontece quando um lar abre as portas para a Palavra de Deus?
R: Abre tanto para a felicidade quanto para o Êxito (Dt 6.6-9).

3. Qual a importância da EBD?
R: Ela é uma porta aberta para o ensino cristão (Os 4.6).

4. A Igreja é o único lugar onde o cristão?
R: Pode refugiar-se do bombardeio do inimigo (Mt 16.18b).

5. O que conduz qualquer família ao desmoronamento?
R: A ausência de Deus (Sl 127.1).

Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 1º trimestre de 2016, ano 26, Nº 98, Casamento e Família.

Lição 1 Escatologia, o Estudo das Últimas Coisas.



Lição 1 Escatologia, o Estudo das Últimas Coisas.
3 de Janeiro de 2016

Texto áureo
2 Timóteo 3.1
"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos."
               
Verdade prática.
O estudo da Escatologia bíblica traz ao coração dos salvos a esperança de um dia estarem para sempre com o Senhor Jesus Cristo.

Leitura diária.
Segunda - Mt 24.3              A preocupação dos discípulos de Jesus a respeito da sua segunda vinda
Terça - Lc 12.40                   O Filho do Homem virá a qualquer momento
Quarta - At 1.7                     Não se pode especular quanto à segunda vinda do Filho de Deus
Quinta - 2 Pe 3.8                 O tempo de Deus não é o nosso tempo
Sexta - Mt 24.36                  Só Deus sabe o tempo da vinda de Jesus e o fim do mundo
Sábado - Mt 24.23-25         Antes da vinda de Jesus surgirão falsos cristos e falsos profetas

Leitura Bíblica em Classe.
Mateus 24.4, 5, 11-13; 1 Tessalonicenses 1.10

Mt 24.4 -  E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
5 - porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
11 - E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.
12 - E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.
13  - Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.
1 Ts 1.10 -  e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.

Objetivo Geral
Explicar o real significado da Escatologia Bíblica.

Hinos sugeridos:
442, 500,513, da Harpa Cristã.

Objetivos específicos:
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Definir a Escatologia;
Mostrar a preocupação do homem com os fins dos tempos;
Explicar algumas das diferentes interpretações escatológicas.

Interagindo com o professor.
Prezado professor, neste primeiro trimestre do ano estudaremos a respeito das últimas coisas, pois em breve Jesus virá! Muitos já não creem na Segunda Vinda de Cristo, por isso, desprezam as profecias bíblicas. Todavia, Jesus virá como um ladrão, na hora que ninguém espera. Este glorioso dia não nos pegará de surpresa, pois somos do Senhor e aguardamos a sua vinda a qualquer momento.
O comentarista do trimestre é o pastor Elinaldo Renovato de Lima - autor de diversos livros, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN.
Que o estudo de cada lição possa trazer esperança ao seu coração, pois breve Ele virá e estaremos para todo o sempre em sua presença.

Comentário.
Introdução.
Neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar a respeito do tempo do fim. Nesta primeira lição, examinaremos a Escatologia bíblica. Para os salvos em Jesus Cristo este é um tema que traz esperança, pois não há nada melhor do que ter a certeza de que o Salvador voltará e que viveremos junto com Ele por toda a eternidade. No entanto, para os descrentes, a segunda vinda de Jesus não oferece motivos para regozijo. As previsões bíblicas para o futuro dos ímpios são aterradoras: "Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus" (Sl 9.17). Porém, ainda é tempo para o arrependimento e a conversão. Por isso, a Igreja do Senhor tem a responsabilidade de anunciar Jesus, cumprindo a Grande Comissão (Mt 28.19,20).

Ponto central.
O estudo da Escatologia Bíblica traz esperança para os salvos em Jesus Cristo.

I - O Estudo da Escatologia.

1. Definição. A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, "último", e logos, "estudo", "mensagem", "palavra". O termo grego cognato é éschata, que significa "últimas coisas". Daí vem à expressão "estudo", ou "doutrina" das "últimas coisas". Portanto, escatologia é o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias ou a "doutrina das últimas coisas". A escatologia estuda os seguintes temas: Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.

2. A escatologia e a volta de Jesus. O estudo da escatologia bíblica mostra que o crente tem de estar sempre alerta, vigilante, pois a volta de Jesus pode acontecer a qualquer momento: "Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais" (Lc 12.40). Muitos desprezam e desdenham das verdades bíblicas, mas Deus vela pela sua Palavra e em breve Jesus voltará e julgará a todos aqueles que amam a prática do pecado.


Síntese do tópico I
A Escatologia Bíblica tem como objetivo estudar os assuntos relacionados às últimas coisas.

Subsídio Teológico.
"Embora lide com eventos futuros, a escatologia tem suas raízes tanto na vida, morte e ressurreição históricas de Cristo como em seu futuro retorno. Como afirma Berkouwer: 'Não é o desconhecimento do futuro, mas sim seu conhecimento que é fundamental na reflexão escatológica'. A verdadeira questão é 'se as expectativas bíblicas são certas ou incertas, duvidosas ou inevitáveis'. 
Eis uma verdade com a qual quase todos os teólogos evangélicos concordam: Jesus voltará. Os cristãos fundamentam sua esperança nesta promessa, que foi claramente firmada por Cristo (Mt 24.27-31). Nas parábolas dos dois servos (Mt 24.45-51), das dez virgens (Mt 25.1-13) e dos talentos (Mt 25.14-30), Jesus assegurou que voltaria. Ele virá sobre as nuvens (Mt 26.64; Ap 1.7), à vista de todos (Mt 24.30), chegará ao mesmo lugar do qual partiu (Zc 14.4; At 1.11) e em um momento que apenas o Pai conhece (Mc 13.32).
Embora os estudiosos normalmente concordem que Jesus voltará, existem diferentes opiniões sobre os detalhes das circunstâncias que levarão ou se seguirão ao retorno de Cristo. Estas diferentes opiniões estão relacionadas à sequência dos eventos do fim, à Grande Tribulação, ao Milênio e ao futuro de Israel" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 208, p. 168).

Conheça mais.
*Escatologia bíblica
"O termo escatologia (gr. eschatos), significando 'a teologia das últimas coisas', tem sido usado desde o século XIX para designar a divisão da teologia sistemática que lida com tudo que era profeticamente futuro na época em que foi escrito, isto é, profecias que já se cumpriram, como também profecias que ainda se cumprirão. Importantes assuntos de profecia incluem predições com relação a Jesus Cristo, tanto em sua primeira vinda como na segunda, Israel, os gentios, Satanás, cristianismo, os santos de todas as eras, a futura Grande Tribulação, o estado intermediário, a ressurreição dos mortos, o reino milenial, o juízo final e o estado eterno.
Estes temas podem ser classificados como a revelação divina do programa quádruplo de Deus para: (1) Israel; (2) os gentios; (3) a igreja e (4) Satanás e seus anjos caídos." Leia mais em Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p. 662.

II - A preocupação com os fins dos tempos.

1. Os discípulos de Jesus. Certa vez, os discípulos de Jesus fizeram a seguinte indagação ao Mestre: "[...] Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? (Mt 24.3). Tanto os discípulos quanto os cristãos do primeiro século desejavam saber a respeito do fim dos tempos, pois este é um assunto que chama a atenção de crentes e não crentes. Já no primeiro século algumas pessoas não acreditavam mais na segunda vinda de Jesus, pois Pedro fala sobre os "escarnecedores" que dizem: "Onde está a promessa da sua vinda?" Infelizmente, hoje muitos também continuam achando que a Palavra de Deus não se cumprirá e que o fim não virá (2 Pe 3.3,4).

2. As previsões falsas sobre o futuro. O homem sempre se preocupou com o fim dos tempos, por isso, o grande número de falsos profetas e falsas previsões quanto ao futuro da humanidade. São inúmeras seitas e falsos profetas que já marcaram a data da segunda vinda de Jesus e o fim de todas as coisas, pois todos erram.

3. Falsos profetas.  Certo pastor, marcou o arrebatamento da Igreja para o ano de 1993, e o início da Grande Tribulação, considerando que o ano 2000 seria o fim do sexto milênio. Outro "profeta", baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo referências bíblicas e utilizando a contagem bíblica dos tempos, assegurou que o Anticristo seria revelado em 13 de novembro de 1986 às 17horas em Jerusalém! Marcou o "fim do mundo" para março de 1987. Mais um falso profeta foi desmoralizado.

Síntese do tópico II
Os discípulos de Jesus sempre se preocuparam com os fins dos tempos.

Tanto os discípulos quanto os cristãos do primeiro século desejavam saber a respeito do fim dos tempos, pois este é um assunto que chama a atenção de crentes e não crentes.

Subsídio Bibliológico.
"Marcos 13.32 assinala que apenas o Pai conhece o momento do retorno de Cristo. Mateus 24.42 alerta: 'Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor'. Paulo escreve: 'porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite' (1 Ts 5.2). Estas passagens indicam que Jesus pode retornar a qualquer momento advertindo-nos para estarmos prontos.
Já outras passagens trazem sinais que precederão a volta de Cristo. O próprio Jesus mencionou sinais que marcariam o fim dos tempos como lemos em Mateus 24.1-14)" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 208, p. 169).

III – Interpretações escatológicas.
Existem diferentes interpretações escatológicas a respeito do fim. Não podemos estudar todas em uma única lição, porém  estudaremos algumas:

1.Futurista. Essa interpretação considera que a maior parte das profecias ainda vai se cumprir, começando com o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes. Sem dúvida, é a mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos.  Essa corrente, porém, subdivide-se em:

a) Pré-tribulacionista. Esta corrente afirma que o Senhor Jesus arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de sete anos (Jo 14.1-3; 1 Ts 4-5). Segundo Tim Lahaye, aqueles que "interpretam a Bíblia literalmente encontram razões fortes para crer que o arrebatamento será pré-tribulacional". O ensino a respeito do arrebatamento é uma doutrina fundamental, porém, o povo de Deus não precisa estar dividido quanto a tal assunto. O importante é que Jesus voltará para buscar a sua Igreja.
É importante ressaltar que a corrente pré-tribulacionista está mais de acordo com o livro de Apocalipse (Ap 4.1-2). Para os pré-tribulacionistas os crentes serão guardados da Tribulação. Segundo esta corrente o propósito da Tribulação não é preparar a Igreja para estar com Cristo, mas, preparar Israel para a restauração do plano de Deus.

 b) Pré-milenista. Essa corrente conclui que a Vinda de Cristo ocorrerá antes do milênio, quando Cristo virá reinar sobre a Terra.
Grande parte dos cristãos do primeiro século, eram pré-milenistas. Segundo o pastor Claudionor de Andrade  "tal posicionamento foi duramente combatido por Orígenes que, influenciado pela filosofia grega, passou a   ensinar que o Milênio nada mais era que uma referência alegórica à ação do Evangelho na vida das nações".

c) Midi-tribulacionistas Os midi-tribulacionistas entendem que a Igreja será arrebatada no meio da Tribulação.

d) Pós-tribulacionistas. Os pós-tribulacionistas pregam que a Igreja vai passar pela Grande Tribulação. No entanto, esse ensino não tem base sólida na Palavra de Deus. Jesus disse à igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que iria guardá-la "da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra" (Ap 3.10). A Igreja não estará mais na Terra quando começar a Grande Tribulação. Paulo ensina que devemos "[...] esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura" (1 Ts 1.10).

2. Histórica. Considera que o Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte. Mas tal entendimento não corresponde à realidade bíblica.

3.Preterista Os preteristas entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C. Entretanto, as profecias bíblicas sobre os fins dos tempos indicam que diversos eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.17), a Grande Tribulação ou "a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo" (Ap 3.10),  a Vinda de Cristo em glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap 20.2-5).

4. Simbolista. É também chamada de interpretação idealista ou espiritualista. Tudo é "espiritualizado", simbólico; nada é histórico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal.  Nessa linha de pensamento, há o ensino amilenista, segundo o qual não haverá um período literal de mil anos para o reinado de Cristo. Ensinam que a Igreja está vivendo um milênio simbólico, mas as referências que indicam que o milênio será literal são muitas (Ap 20.2-5; Hc 2.14). Há os pós-milenistas que pregam que Jesus só voltará depois do milênio. Os textos bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos salvos ocorrerá na vinda de Cristo (1 Ts 4.13-17). A volta de Jesus é tão literal quanto o foi a sua Ascensão (cf. At 1.9,11).

O pré-milenialismo é a opinião escatológica de que Jesus Cristo voltará literalmente para estabelecer o seu reino na terra por mil anos.

Síntese do tópico III
Existem várias interpretações escatológicas a respeito do fim.

Subsídio teológico.
"Os termos pré-milenismo, amilenialismo e pós-milenialismo existem porque Apocalipse 20 fala sobre um reinado milenial de Cristo, que terá lugar logo após o seu retorno (retratado em Apocalipse 19). Uma teologia sólida deve ser desenvolvida a partir da própria Bíblia e as Escrituras ensinam apenas um ponto de vista. O amilenialismo e o pós-milenialismo não são encontrados em nenhuma parte, mas o pré-milenialismo é percebido ao longo de toda a Bíblia. A força do pré-milenialismo está no texto das Escrituras"
O pré-milenialismo é a opinião escatológica de que Jesus Cristo voltará literalmente para estabelecer o seu reino na terra por mil anos. Isso ocorrerá após o período da Tribulação e antes do estabelecimento de um novo céu e uma nova terra (Ap 20).
Ryrie observa: 'Todas as formas de pré-milenialismo entendem que o Milênio segue à segunda vinda de Cristo. A sua duração será de mil anos; a sua localização será na terra; o seu governo será teocrático com a presença pessoal de Cristo reinando como Rei'.
Dentro do pré-milenialismo, em geral, existe uma variedade de pontos de vista acerca do arrebatamento da Igreja, os quais incluem o pré-milenialismo pré-tribulacional, e pós-tribulacional. Em outras palavras, os pré-milenialistas estão divididos quanto as suas opiniões de quando o arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação e ao Milênio" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 208, p. 348).

Conclusão
Defendemos a interpretação futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa hermenêutica sagrada, segundo a qual a Bíblia interpreta-se a si mesma.
Nos livros escatológicos, podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e também entendemos que há linguagem simbólica nos livros escatológicos. Mas, em relação aos fins dos tempos, face à volta de Jesus, cremos que esta se dará antes da Grande Tribulação.

Para refletir.
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:

Defina "escatologia".
A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, "último", e logos, "estudo", "mensagem", "palavra". O termo grego cognato é éschata, que significa "últimas coisas". Daí vem à expressão "estudo", ou "doutrina" das "últimas coisas".

Quais os temas estudados pela escatologia?
Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.

Quando se dará a volta de Cristo?
A qualquer momento Cristo poderá voltar.

Cite três interpretações escatológicas a respeito do fim.
Pré-tribulacionista, Pré-milenista, Midi-tribulacionistas.

O que a corrente Preterista entende a respeito do Apocalipse?
Os preteristas entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C..

Consulte.
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 65, p. 36.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição.

Sugestão de leitura.

Escatologia, doutrina das Últimas Coisas
Este livro é um tratado dinâmico, enriquecido e aprofundado sobre este assunto. O ponto central de seu conteúdo é o Nosso Senhor Jesus Cristo e suas manifestações com dissertações sobre as profecias futurísticas.

Erros escatológicos que os Pregadores devem evitar
Neste livro do pastor Ciro Zibordi você encontrará de uma forma clara e bem-humorada, explicações tanto para as profecias do Apocalipse quanto para as mais variadas teorias da conspiração que têm assustado a muitos.
Hermenêutica Fácil e descomplicada
Um livro que visa criar no leitor, mesmo sem o conhecimento profundo da matéria, interesse e comprometimento pela interpretação das Escrituras, fornecendo bases contextuais para uma interpretação séria da Bíblia.


Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, professor, 1º trimestre 2016.