segunda-feira, 25 de maio de 2015

Lição 9 Construindo bezerros de ouro.



Lição 9 Construindo bezerros de ouro.
31 de maio de 2015

Texto Áureo
“E naqueles dias fizeram o bezerro, e ofereceram sacrifícios ao ídolo, e se alegraram nas obras das suas mãos”. At 7.41

Verdade Aplicada
A penalidade para aquele que trai a confiança do Senhor é a dura realidade de ter que avançar sem a Sua presença e a Sua proteção.

Objetivos da Lição
- Analisar os motivos que levaram Israel a pecar e por que Arão confeccionou o bezerro de ouro;
- Explicar porque Moisés quebrou as tábuas da Lei e a maneira como se arriscou e intercedeu para que Deus perdoasse ao povo;
- Entender o que significa um bezerro de ouro em nossas vidas.

Glossário
Interpor: intervir como mediador;
Abrandar: Acalmar;
Implementar: colocar em prática.

Hinos sugeridos
141, 292, 406

Textos de Referência
Êxodo 32.1-4
1 Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.
2 E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas e trazei-mos.
3 Então, todo o povo arrancou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão,
4 E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então, disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.

Leituras complementares.
Segunda Êx 32.5
Terça Êx 32.6
Quarta Êx 32.24
Quinta Sl 106.19
Sexta 106.20
Sábado At 7.41

Esboço da Lição
Introdução
1. Arão e o bezerro de ouro.
2. Moisés e as tábuas da lei.
3. O bezerro de ouro no coração humano.
Conclusão.

Introdução
O pedido dos israelitas não significava necessariamente que esses indivíduos estivessem rejeitando ao Senhor, eles queriam Deus, mas um Deus de acordo com o que suas mentes imaginavam (Êx 32.1).
1. Arão e o bezerro de ouro.
A demora de Moisés foi o perfeito álibi para que o povo retrocedesse seu coração de volta ao Egito. Inquietos pela ausência do líder visível, que há quarenta dias estivera no monte, eles se uniram para fazer um pedido especial a Arão, o responsável na ausência de Moisés. Vejamos:

1.1. O pecado da leitura errada.
O que você faria se seu pastor sumisse sem dar notícias durante quarenta dias? O povo esperou e ao fim de quarenta dias se desesperançou. Ao verem o monte a fumegar, o ruído dos trovões e os relâmpagos sob a montanha, concluíram que Moisés havia morrido (Êx 20.18; 32.1). Na verdade, eles não podiam ficar para sempre parados no deserto. O povo queria saber a quem seguir e em que acreditar. Sem respostas, eles pedem a Arão que confeccione um deus para que adorem. Eles tinham um pensamento coreto, mas com a leitura errada. Seus corações nunca compreenderam quem era realmente o Deus a quem estavam servindo. É possível criar uma imagem de deus segundo nossa própria imaginação. Para Moisés, o Senhor era um amigo íntimo que falava face a face. Para eles, o Senhor era apenas um deus que poderia ser trocado por qualquer outro caso não atendesse seus desejos.
Como é fácil o coração carnal se afastar da verdadeira adoração a Deus! Quando Arão notou a que ponto as pessoas estavam indo, tentou dar um jeitinho de controla-las erigindo um altar diante da imagem e proclamando uma festa ao Senhor. Talvez quisesse conservar alguma semelhança com a adoração ao Senhor. Esse ato lembra os esforços de conservar uma forma de piedade sem ter seu poder e o sincretismo que há em grande parte do cristianismo nominal (2Tm 3.5).

1.2. O pedido do povo e a fraqueza de Arão.
Muitos eruditos tentam defender Arão, afirmando que ele cedeu porque temeu o povo ou porque não acreditava que eles se desfariam de seus pendentes de ouro. Arão era influente, mas não teve personalidade para liderar o povo. Fez tudo errado e foi dele a ideia de confeccionar um bezerro. (Êx 32.2, 4). De onde terá vindo sua inspiração? É provável que Arão tenha tentado copiar o Touro Ápis, símbolo da força e da fecundidade, que era cultuado no Egito. Será que poderíamos imaginar como seria o destino de Israel se Moisés não voltasse e Arão assumisse? Misericórdia!

1.3. O encontro de Moisés com Arão.
Ao descer do monte e ver toda aquela adoração, Moisés confronta Arão, que rapidamente coloca a culpa no povo (Êx 32.22). Logo em seguida Arão mente de forma descarada, pois afirma que colocou o ouro no fogo e saiu o bezerro (Êx 32.24). Será que ele estava querendo dizer que aconteceu um milagre? Como é fácil para alguns líderes procederem como Arão. Antes de agirem, sondam meticulosamente opinião pública. Pensam que é imprudente ser muito rígidos. Julgam necessário tolerar as fraquezas carnais e concordar com as tendências atuais. Acreditam que não se pode ter sucesso a menos que acompanhem a multidão; para eles é melhor abrir mão da verdade do que perder a influência sobre as pessoas. O problema deles é o que dirão no dia do acerto de contas.

2. Moisés e as tábuas da Lei.
Deus, por misericórdia, revelou a Moisés a idolatria de Israel. Sua palavra soava como uma rejeição (Êx 32.7). Ciente, Moisés intercede, mas, ao descer do monte, quebra a Lei e pune os culpados. Três coisas iremos destacar neste ponto: a intercessão de Moisés; o porquê de quebrar as tábuas e a maneira como se interpôs diante de Deus pelo povo.

2.1. A intercessão de Moisés.
A avaliação que Deus fez dessa multidão perversa era muito clara: “De dura cerviz”. Essa expressão é aplicada a cavalo ou boi rebelde que não se deixa ser controlado por rédeas. Israel se recusara a obedecer ao concerto que fizera. Deus quer destruir o povo, mas, com uma coragem que só poderia vir de uma fé robusta, Moisés rogou: “Toma-te da ira do teu furor e arrepende-te deste mal contra o teu povo”. Pediu, também, que deus se lembrasse das promessas feitas aos patriarcas, a quem, pelo Seu nome, jurara dar a terra da promessa eternamente. Na defesa perante Deus, há três argumentos para o Senhor não exterminar o povo. Primeiro, este procedimento anularia as vitórias anteriores. Segundo, daria ocasião aos egípcios para se gloriarem. E, por último, quebraria a promessa feita a Abraão. Todos esses argumentos foram apelos fundamentados na glória de Deus e, com certeza, um verdadeiro exemplo de oração intercessora (Êx 32.7-15).
Esse, provavelmente, foi maior teste que Moisés teve de suportar. O Senhor queria destruir o povo. Não há como negar que seria justo deus tomar tal providência; é óbvio que Ele teria cumprido a ameaça se Moisés não tivesse intercedido. Deus conhecia Seu servo, sabia que ele passaria no teste e se tornaria mediador. Moisés viu a realidade da ira de Deus, rejeitou a oportunidade de glória egoísta e suplicou pelo povo e pela glória de Deus.

2.2. Moisés quebra as tábuas da Lei.
Moisés teve compaixão e suplicou pela moderação da ira de Deus, mas, quando viu pessoalmente o mal do povo, sentiu a mesma ira que Deus expressara. No entanto, a ira santa tinha de ser abrandada com compaixão amorosa. Moisés tinha em mãos a própria Lei, que condenava à morte o povo rebelde. Se a punição da Lei fosse implementada imediatamente, Israel teria que morrer. O povo quebrara a Lei. Enquanto estava diante dos israelitas e observara a lascívia que faziam, Moisés ergueu a Lei acima da cabeça e, provavelmente à vista de todos, lançou as tábuas ao chão com força e ímpeto. Ele lhes trouxera algo de que eram indignos. Estavam totalmente desqualificados para receber aquele dom de Deus. Ou as tábuas tinham que ser quebradas ou o povo tinha que ser destruído. Moisés quebrou as tábuas. Ele desfez o trabalho de Deus para poupar a vida do povo.

2.3. Moisés, o mediador.
Ao organizar o arraial, os rebeldes foram punidos, mas a Lei estava quebrada e Moisés deveria retornar a presença do Senhor tanto para reconciliar Israel quanto para reparar os danos causados ao trabalho divino. Moisés tinha de achar um meio de voltar a uma relação de concerto com Deus. Na presença de deus, Moisés confessou o pecado de Israel e com uma santa ousadia disse: “perdoa o seu pecado, se não, risca-me peço-te, do teu livro, que tens escrito” (Êx 32.32). “Riscar” significa: “cortar” da comunhão com o Deus vivo, ou entregar a morte”. O amor de Moisés pelos israelitas era tão grande que ele não se importava em viver, a menos que Deus lhe perdoasse. Ele só desceria do Sinai com o perdão e a paz estabelecida entre Deus e todo o povo. Que exemplo de líder foi Moisés. As paixões carnais vividas pelo povo de Israel trouxeram sérios apuros para Moisés. Colocar sua própria vida à prova é um ato que vai além do amor, que poucos homens ousariam tentar.

3. O bezerro de ouro no coração humano.
O grande problema de Israel não estava no pensamento da morte de Moisés ou porque a paciência esgotou. Isso não justifica a confecção de um ídolo e uma adoração tão fervorosa. O bezerro vai muito além de uma estátua, ele representa um problema do íntimo do coração humano. Vejamos algumas lições importantes:

3.1. A dificuldade humana de ter uma verdadeira fé.
Embora o coração do povo pudesse necessitar de uma prova visível, Deus já lhes havia dado manifestações do Seu poder e amor, mas seus corações insensatos não puderam discernir. Por um momento, eles se esqueceram de tudo o que Deus realizou e como os livrou do Egito. Eles ignoraram o sobrenatural e, sem paciência, fizeram o incompreensível. Na verdade, usando o artifício de que queriam agradar a Deus, eles buscavam agradar a si mesmos. Qual a diferença do povo que adorou o bezerro e o povo dos dias atuais? Atualmente temos motivos para ir ao templo, mas, lamentavelmente, muitos deles não são o Evangelho. Temos uma geração indiferente, com cultos de satisfações humanas que nada produzem a não ser muito barulho e pouco caráter cristão. A quem buscamos agradar afinal? A Deus ou a nós mesmos?
A atitude de idolatria não foi por ignorância espiritual, foi um ato de rebeldia com todo o conhecimento. A idolatria é um problema para os filhos de Deus e hoje ela aparece sob diversos aspectos: o amor ao dinheiro, o materialismo, a cobiça pelo poder, o desejo desenfreado pelo sexo e todas outras sortes de males.

3.2. Adorando ao Bezerro.
O que é a religiosidade senão um bezerro? Mesmo não fazendo ídolos, podemos ser culpados de procurar moldar nosso Deus à nossa imagem para justá-lo às nossas expectativas, desejos e circunstâncias. Quando fugimos da Palavra, fugimos da leitura perfeita de quem Deus realmente é, qual é a Sua vontade, como devemos nos aproximar dEle, com que espécie de sacrifícios Ele se agrada e de que forma Ele deve ser adorado. O bezerro de ouro é o símbolo de uma indefinição religiosa, de querer controlar aquilo que é incontrolável. A ideia de um deus feito ao nosso desejo com a de um Deus Senhor da história é aceitar a vontade de Deus sem renunciar a vontade própria. Em definitivo, é chamar de Deus ao que nada mais é que um ídolo.

3.3. O bezerro da aparência.
A tentação mais forte que Israel sofreu ao longo da história foi a idolatria. Rodeado de povos que davam culto aos ídolos, sentiam o desejo de se unirem aos ritos que com frequência eram mais vistosos e atrativos que os seus. Porém, mais perigosa que a tentação, era a idolatria da própria ideia de Deus. Eles não aceitavam a ideia de um Deus vivo que não podiam manipular. Queriam um Deus concreto que pudessem apalpar. É a tentação da aparência, do imediato; um intento de materializar o sagrado. Sua declaração comprovava que não compreenderam o êxodo. Eles não diziam que havia sido Deus e sim Moisés quem os havia tirado da terrado Egito. Eles não entenderam que Moisés era somente um intermediário (Êx 32.1).
Eles construíram um bezerro com ouro trazido do Egito. De algum modo, esse ouro representava o passado, vinculava à situação anterior, que em várias ocasiões haviam ansiado.

Conclusão
O bezerro de ouro pode ser qualquer coisa que ainda está abrigada em nossos corações e nos encaminha a identificar ao Senhor não de modo sobrenatural, mas humano. Resultando numa fé que não foi construída naquilo que Deus disse, a qual nos leva a satisfação e nunca à transformação.

Questionário
1. Qual foi o álibi para o povo retroceder seu coração ao Egito?
R: A desculpa foi a demora de Moisés (Êx 32.1).

2. Por que Moisés quebrou as tábuas da Lei?
R: Porque o povo era indigno e para poupar suas vidas (Êx 32.19).

3. Quem foi o responsável pela confecção do bezerro?
R: Arão (Êx 32.4).

4. O que representa o bezerro de ouro em nossos dias?
R: Representa um problema do íntimo do coração humano (Êx 32.9).

5. Qual foi a tentação mais perigosa que a idolatria para Israel?
R: A ideia de um Deus vivo que não podiam manipular (Êx 32.1).



Fonte: Revista Dominical, Jovens e Adultos, Betel 2º trimestre de 2015, Moisés o legislador de Israel.




Lição 9 JESUS E A COBIÇA DOS HOMENS




Lição 9 JESUS E A COBIÇA DOS HOMENS.
31/05/2015
 
Texto do dia
"E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lc 12.15).

Síntese
O cristão verdadeiro não fundamenta sua vida nos bens materiais e não se deixa vencer pela cobiça e pelo orgulho.

Agenda de leitura
SEGUNDA - Cl 3.5 A idolatria da avareza
TERÇA - 2 Pe 2.3 Avareza e palavras fingidas
QUARTA - 1 Tm 6.10 O amor ao dinheiro
QUINTA - Pv 30.13 Geração de olhos altivos
SEXTA - Pv 16.18 A soberba precede a ruína
SÁBADO - Pv 18.12 Diante da honra vai a humildade

TEXTO BÍBLICO
Mateus 6.19-24
19. Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.
20. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.
21. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
22. A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.
23. Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
24. Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.

Lucas 22.24-27
24. E houve também entre eles contenda sobre qual deles parecia ser o maior.
25. E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores.
26. Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, como quem serve.
27. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve.



COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A lição deste domingo trata de temas que exigem o máximo de cuidado do crente: cobiça, avareza e orgulho. Não bastasse a natureza decaída do homem que, por si só, nos atrai a cair nessa tentação, o mundo e o Diabo também tentam, por todos os meios e artimanhas, levar o cristão a cair no desejo por bens materiais, consumismo, fama, poder e prestígio, fazendo-o perder o foco do Reino de Deus. Por isso, precisamos receber com muita atenção e zelo as advertências de Jesus contra esses vícios morais, os quais somente são vencidos quando morremos para o mundo e permitimos Cristo viver em nós (Gl 2.20). Aproveitemos essa lição para refletir sobre o significado da verdadeira humildade, segundo as Escrituras Sagradas e exemplo do Mestre.

I - A GANÂNCIA

1. O perigo da avareza. Jesus disse aos seus discípulos para tomar cuidado com a avareza, porque a vida de qualquer pessoa não consiste na abundância do que possui (Lc 12.15). Avareza (gr. pleonexia) significa "sede de possuir mais"; "apego e desejo exagerado pelos bens materiais". O Mestre não está censurando o trabalho para a manutenção das necessidades básicas da pessoa e de sua família, e nem mesmo o anseio natural por melhores condições de vida. Sua advertência se dirige à ganância, isto é, a atitude cobiçosa de nunca estar satisfeito com aquilo que se possui. Tais pessoas, impulsionadas pelo desejo insaciável da carne, sempre procuram adquirir algo novo, "edificar novos celeiros" e formar um "depósito com muitos bens" (Lc 12,19). A palavra de Deus condena a ambição e a cobiça pois elas são fatais (Ec 6.7).

2. O deus dinheiro. Em sua sabedoria, Jesus alertou contra a ganância e a avareza pois Ele sabia que o amor ao dinheiro é a origem de todos os males (1 Tm 6.10). Eis o motivo pelo qual afirmou: "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" (Mt 6.24). Desse modo, não é possível servir a Deus plenamente ao mesmo tempo em que se ama ao dinheiro, afinal onde está o tesouro de uma pessoa, aí também estará o seu coração (Mt 6.21). Deus não divide espaço com ninguém e muito menos com o dinheiro. Logo, devemos fazer uma profunda avaliação dos nossos corações para ver quem (ou o quê) ocupa, de fato, a primazia de nossas vidas: Deus ou os bens materiais?

3. Tempo de consumismo. A forma mais sutil de ganância do nosso tempo é o consumismo inconsciente. O desejo desenfreado de adquirir bens supérfluos condiciona a felicidade das pessoas à compra de coisas novas. O consumista nunca se sente satisfeito e, por isso, é levado a exagerar no uso do cartão de crédito e do cheque especial; tudo para atender aos apelos da mídia e a ilusão do consumo. O consumismo, portanto, não é fruto da necessidade, mas do descontentamento. É uma forma de ingratidão. Contudo, o apóstolo Paulo deixou a receita para destruirmos esse vício pessoal ao dizer: "[...] aprendi a contentar-me com o que tenho" (Fp 4.11). Essa afirmação não é um atestado de passividade e comodismo. É uma declaração de gratidão a Deus! Se você não está contente com o que já tem, certamente não estará quando adquirir o que pretende ter. Por isso, como cristãos, devemos agradecer a Deus por tudo o que possuímos, pois é dádiva divina!

Pense
Se você não está contente com o que já tem, certamente não estará quando adquirir o que pretende ter.

Ponto Importante
Jesus nunca censurou o trabalho para a manutenção das necessidades básicas da pessoa e de sua família, e nem mesmo o anseio natural por melhores condições de vida. Ele advertiu contra a ganância.


II - A COBIÇA POR PODER

1. Cobiça pelo poder. Além do dinheiro e dos bens materiais, o coração pecaminoso e egoísta do ser humano cobiça o poder e a auto exaltação. Basta olharmos para a história do mundo e percebemos essa realidade sombria, marcada pelas batalhas por poder e dominação. Uma das artimanhas de Satanás, inclusive, é seduzir o homem na busca insaciável pelo poder. O próprio Senhor Jesus foi tentado pelo Diabo, que lhe ofereceu os reinos e a glória deste mundo em troca de adoração. Contudo, o Mestre respondeu: "Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás" (Mt 4.10). Não obstante, não são poucos os que fazem de tudo para conquistar os reinos e as glórias na esfera terrena, seja no ambiente político, empresarial e até mesmo religioso. Fiquemos atentos para não sermos seduzidos por essa ambição egoísta, carnal e diabólica!

2. Os primeiros assentos. Um dos principais indicativos da cobiça pelo poder é o desejo ardente por destaque. Algumas pessoas possuem o ego tão inflado que não suportam viver numa posição na qual não possam ser notadas. Essas pessoas são obcecadas pelo marketing pessoal. É sobre isso que Jesus adverte na parábola dos primeiros assentos e dos convidados (Lc 14.7-11). Ele censura aqueles que buscavam a proeminência e a auto exaltação, dizendo: "[...] qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado" (v.11). Esse ensinamento do Mestre Jesus deve ecoar na sociedade atual, dominada pelo narcisismo, egoísmo e pela cultura de autoajuda.

3. O perigo do orgulho. C. S. Lewis, um dos grandes cristãos do século passado, dizia que o orgulho, no sentido de soberba, é o maior dos pecados.  É o mais completo estado de alma anti-Deus. O orgulho, afirmou o escritor, "não sente prazer em possuir algo, mas apenas em possuir mais do que o próximo". O orgulho foi a causa da queda de Satanás (Is 14.12-20; 1 Tm 3.6). A Palavra de Deus adverte que ele engana o coração (Jr 49.16) e endurece a mente (Dn 5.20). Por isso, o Senhor abomina o altivo de coração (Pv 16.5) e abate o soberbo (Jó 40.11).

Pense
"O orgulho não sente prazer em possuir algo, mas apenas em possuir mais do que o próximo"
(C. S. Lewis).

Ponto Importante
Um dos principais indicativos da cobiça pelo poder é o desejo ardente por destaque.


III - O MAIOR NO REINO DE DEUS

1. A disputa entre os discípulos. Em certa ocasião, os discípulos contenderam entre si para saber quem era o maior (Lc 22.24). O episódio comprova que até mesmo o cristão, se não estiver em constante vigilância, pode sucumbir ao desejo por alta posição e prestígio. No meio evangélico contemporâneo, observamos essa triste realidade, de disputa por poder eclesiástico, fama e sucesso ministerial. Pregadores, pastores e cantores que, por terem perdido o foco do Reino de Deus, se enveredaram numa busca frenética por glória humana e notoriedade popular. Infelizmente, os ídolos do coração  (Ez 14.1-5) da nossa época têm levado muitos crentes a perderem  o foco de seu chamado, fazendo a obra segundo os padrões do mundo. Segundo Nancy Pearcey, "o princípio de morrer para os sistemas mundanos não se aplica somente aos pecados óbvios. Em uma cultura que mede tudo em termos de tamanho, sucesso e influência, também temos de dizer 'não' a estes valores mundanos".

2. A verdadeira grandeza. Contrariando o modelo secular, no qual o maior é aquele que governa, no padrão divino Jesus explica que o maior é aquele que serve (Lc 22.26). Aqui está a lição do serviço. No Reino de Cristo, a grandeza não está no cargo, no título ou na posição social, e, sim, na disposição em servir, sendo útil ao Reino e ao próximo. Ao ensinar aos seus discípulos sobre a nobreza do servir, Jesus enfatiza uma das principais virtudes morais: a humildade. Aqueles que querem dominar, cedem ao orgulho. Mas aqueles que procuram servir, exercitam a modéstia e a submissão. Por isso, o crente é convidado a servir com alegria, oferecendo seus e dons e habilidades em prol da sociedade e da Igreja de Cristo.

3. A humildade de Cristo. O maior exemplo de humildade vem do próprio Mestre Jesus (Fp 2.7). Um momento sublime que realça a singeleza do meigo Nazareno é a ocasião em que Ele lava os pés dos seus discípulos (Jo 13.1-20). Com tal gesto, Ele compartilha com seus discípulos a importância de servirem uns aos outros, com amor e abnegação. Somente a verdadeira humildade demonstrada pelo Mestre é o padrão de virtude capaz de desfazer a humildade formal e dissimulada que presenciamos em nosso meio. A verdadeira humildade, além de nos levar a reconhecer os outros superiores a nós mesmos (Fp 2.3), implica também em reconhecer nossa pequenez diante de Deus e considerar que aquilo que somos, fazemos e possuímos é resultado da graça do Senhor em nossa vida

Pense
No Reino de Cristo, a grandeza não está no cargo, no título ou na posição social, e, sim, na disposição em servir, sendo útil ao Reino e ao próximo.


Ponto Importante
Somente a verdadeira humildade demonstrada pelo Mestre é o padrão de virtude capaz de desfazer a humildade formal e dissimulada que presenciamos em nosso meio.


CONCLUSÃO
Avareza, consumismo, cobiça e orgulho só têm espaço da vida de uma pessoa quando ela entroniza o ego e o dinheiro como seus ídolos. Se Cristo verdadeiramente ocupar a primazia em nossos corações, não haverá espaço para outros senhores e ídolos (Mt 6.33), pois o Senhor nos proporcionará completa satisfação. Paulo disse que aprendeu a se contentar com aquilo que tinha (Fp. 4.11). Então, se temos Cristo, temos tudo. E nada mais nos falta!

Hora da Revisão
1. O que significa avareza?
2. Qual o exemplo de Paulo contra o consumismo?
3. Qual a causa da queda de Satanás?
4. Segundo Jesus, quem é o maior?
5. Quem é o maior exemplo de humildade?


Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, alunos, 2º trimestre 2015.