segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Lição 10 A adoração sem conhecimento.



Lição 10 A adoração sem conhecimento.
04 de dezembro de 2016

Texto do dia.
(Jo 4.10)
"Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva."

Síntese.
Adorar a Deus é o mais nobre privilégio que o Pai concede-nos. Por isso, faça-o com todo o zelo, fervor e empenho de sua alma; sabendo que adorar a Deus é conhecê-lo.

Agenda de leitura
SEGUNDA - Jo 4.9 O trauma sociocultural
TERÇA - Jo 4.10 A ignorância da mulher
QUARTA - Rm 10.14 A impossibilidade de uma fé genuína em virtude da ignorância
QUINTA - At 17.23 Os atenienses e o deus desconhecido
SEXTA - Jo 4.23 A revelação da essência da adoração
SÁBADO - Jo 4.42 As consequências da verdadeira adoração

Objetivos.
IDENTIFICAR as características de quem não adora a Deus.
ANALISAR o perfil do verdadeiro adorador.
APONTAR as consequências da adoração para a vida daquele que tem esta experiência.

Interação.
Caro(a) educador(a) cuidado para não deixar sua aula cair no erro da repetitividade. Nosso tema geral é "louvor e adoração", todavia, esta temática possui vários desdobramentos, pode ser analisada sob várias outras perspectivas além daquelas que aqui abordamos. Lembre-se, o espaço para desenvolvimento e escrita de cada lição é limitado, mas sua criatividade e amor pela educação espiritual de seus jovens não. Faça as devidas adaptações a sua realidade, dê ênfase ou insira outras questões, conforme a necessidade de seus educandos.
Este conjunto de lições não é uma "camisa-de-força" para tolher seu ministério, antes, é um material didático, ou seja, é algo para apoiar você; é um caminho previamente traçado, uma clareira aberta na "selva de discussões" da sociedade atual, existente exclusivamente para auxiliar e abençoar sua tão nobre tarefa de educar jovens para o futuro e bem-estar da Igreja.

Orientação Pedagógica
Você vai precisar de  vendas para os olhos. O objetivo é submeter os educandos a uma situação de estranheza, assim como a vivida pela mulher samaritana no contexto a ser estudado na lição de hoje. Selecione de dois a cinco educandos, vende-os e peça para que eles sigam as instruções que serão dadas. A intenção das instruções que você dará é gerar estranheza ou resistência nos alunos, para tanto use a criatividade: peça que os vendados abracem alguém que está a sua frente; oriente-os a dar seus calçados para alguém, sabendo que eles poderão ser escondidos; solicite que eles escolham alguém para trocarem de lugar com eles; peça que eles façam um bonito desenho, etc. Ao final, reflita com seus alunos a respeito de como é difícil fazer algo quando não se tem certeza do que deve ser feito ou quando é algo relacionado a alguém que não se conhece previamente.

Texto bíblico
João  4.19-24
19. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
23. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O episódio da mulher de Samaria pode ser tomado como uma imagem da condição espiritual de muitas pessoas na época de Jesus e ainda hoje há pessoas que elegem lugares, outras pessoas e até elas mesmas como elementos dignos de adoração. A ignorância é um perigoso estado para aquele que busca a Deus.

I - O ESTADO DAQUELES QUE DESENVOLVEM UMA INADEQUADA ADORAÇÃO

1. A ignorância cega a razão e o coração. Sicar, cuja localização exata é desconhecida, ficava numa região árida. Ao meio-dia, horário do encontro da mulher com Jesus, o clima é extenuante. O Mestre aguarda seus amigos que foram à procura de alimentação; o pedido por água - ainda que estranho em nossos dias de violência e individualismo -, era uma prática corriqueira naquela época. A mulher, fundamentada em seu preconceito, nega o pedido. Como alguém, que inclusive afirmará que adora a Deus (v.20), poderia ser tão insensível à necessidade do próximo? Está é a desprezível consequência que a ignorância espiritual causa: dureza de coração (Is 46.12; Ez 2.4). Note-se assim que a falta de um conhecimento verdadeiro de Deus pode, rapidamente, transformar indiferença em conivência com o sofrimento alheio. Quem conhece a Deus não negará um copo de água fria a nenhum dos filhos dEle (Mt 10.42).

2. O pragmatismo torna-se o objetivo do culto. A ausência de um conhecimento verdadeiro sobre quem é Deus e sua obra, conduz os indivíduos a perderem a percepção de uma existência além do imediatismo da vida, ou seja, de um pragmatismo existencial (Is 22.13; 1 Co 15.32). Para estas pessoas, aqui representadas pela mulher de Samaria, a solução de seus problemas mais urgentes é a razão de ser de qualquer culto, louvor ou relacionamento com Deus. Na verdade, para esse tipo de pessoa, Deus só "serve" para resolver os problemas do momento. Para a mulher, alguém que a auxiliasse a ter água com facilidade (Jo 4.15), de modo que ela não necessitasse mais expor-se como fazia todo meio-dia, seria alguém digno de ser, no mínimo, seguido, quem sabe até adorado.

3. A normalização do pecado. Todos somos pecadores, todavia lutamos diariamente para que o pecado não nos domine (Gn 4.7; Rm 3.23; 6.14). Aqueles que não mantêm um relacionamento pleno e consciente com Deus, "domesticam" o pecado e fazem dele algo próprio de suas vidas. Aquela mulher já havia mantido cinco outros relacionamentos, e agora estava numa sexta aventura amorosa ilicitamente (v.18). Mesmo assim, ela se considerava uma adoradora de Jeová.

II -  A VERDADEIRA ADORAÇÃO

1. A adoração é algo consciente.  Um dos primeiros fatos que denunciam a fragilidade da fé da mulher que conversa com Jesus é sua incerteza sobre onde adorar (v.20). A pergunta sobre "onde adorar?", traz consigo implícitas outras questões: "Como adorar?" e "Quem adorar?" Pode-se assim concluir que a espiritualidade daquela mulher era algo que refletia muito mais a reprodução de comportamento cultural do que uma ação consciente. Somente é possível prestar o verdadeiro louvor a Deus se, pelo menos, soubermos quem Ele é. Logo, a adoração não pode resumir-se a um simples êxtase ou um impulso irracional em busca do desconhecido. A oração de Jesus em João 17 é um maravilhoso exemplo de que um dos fundamentos da adoração é uma relação consciente com o Pai, um processo gradual e espiritual, de conhecimento em amor (Jo 17.24,25).

2. Adorar em espírito e em verdade. A vivência da adoração não é algo limitado a um aspecto físico - um determinado local, por exemplo -, muito menos pode ser fundamentada sobre opiniões ou tradições míticas. A verdadeira adoração é "em espírito", ou seja, é uma experiência que tem seu nascedouro no interior do homem, que mobiliza partes do ser homem que foram criadas por Deus para serem canal de comunicação entre o Criador e seus filhos (Pv 20.27). Além disso o louvor a Deus deve ser "em verdade", isto é, por meio de uma "revelação" - que é o significado imediato da palavra grega (aletheía) (2 Co 13.8). A verdade na vida de um adorador implica uma vida entregue realmente aos cuidados de Deus, onde Ele tem total comando, e onde é adorado não apenas nos momentos de comunhão do culto, mas também nos momentos da vida comum, como trabalho, estudos, família e demais relacionamentos onde Deus também deve se manifestar.

3. Adoração como uma urgência. Jesus não mediu palavras e disse à mulher que o tempo para a vivência de uma verdadeira adoração já havia chegado (v.21). O erro daquela mulher, que é o mesmo de muitas pessoas ainda hoje, foi imaginar que o louvor ao Pai era algo apenas para um momento específico ou para um tempo futuro. Não há mais tempo a perder, o desenvolvimento de uma vida de adoração é algo urgente, uma viva necessidade da Igreja para o tempo que se chama hoje! Infelizmente em muitas igrejas o tempo da adoração tem sido consumido por infindáveis, e muitas vezes dispensáveis, avisos; já em outras comunidades é a má gerência do tempo de acontecimento do culto (atraso para começar, demorar para execução dos louvores, hiatos de continuidade) que atrapalham a adoração. Cada instante de nossas vidas, especialmente aqueles que dedicamos a Deus na igreja, precisam ser bem aproveitados.

III - OS EFEITOS DA VERDADEIRA ADORAÇÃO

1. Compreensão da adoração como comunhão com Deus. Antes de assimilar o verdadeiro conceito de adoração, a mulher estava preocupada com o protocolo certo a seguir: deveria adorar no Templo em Jerusalém ou em Siquém, no monte Gerizim (v.20)? Após a percepção de que Jesus não era um profeta qualquer (v.19), mas o próprio ungido de Deus enviado a terra (v.26), a mulher quebra todos os protocolos culturais e sociais, chama os habitantes da cidade a virem conhecer aquEle que os judeus, mas também os samaritanos esperam, o Cristo (v.29).

2. O desejo de partilhar o conhecimento de Deus. A aproximação entre a mulher de Sicar e Jesus foi inicialmente turbulenta e cheia de rancores culturais (ela era samaritana, Jesus judeu; ela uma mulher de vida complicada, Jesus um santo homem). Contudo, após o esclarecimento sobre a pessoa e natureza da missão de Jesus, a mulher não conseguiu conter-se, e pessoalmente foi compartilhar a maravilhosa revelação a que teve acesso com seus conterrâneos.

3.Tornar-se inspiração para a vida de outros. Num mundo tão repleto de exemplos negativos, devemos nos empenhar em ter uma vida de adoração ao Pai, e por meio desta, tornarmo-nos exemplo para nossa geração. A mulher pôde ouvir, dos habitantes de sua vila, que a fé em Jesus que ela inicialmente testemunhara, tornara-se uma viva consciência espiritual em cada pessoa daquele vilarejo. A adoração não nos torna escandalosos, de modo a afastar pessoas de Cristo; ao contrário, a fé no Salvador é algo tão poderoso e transformador do caráter de uma pessoa que esta passa a ser exemplo e inspiração a todos aqueles que o cercam (At 9.19-21).

Num mundo tão repleto de exemplos negativos, devemos nos empenhar em ter uma vida de adoração ao Pai, e por meio desta, tornarmo-nos exemplo.

SUBSÍDIO 1
"Sabemos muita coisa a respeito da mulher junto ao poço. No oriente, a hora de pegar água no poço era a ocasião em que as mulheres de uma comunidade reuniam-se para conversar, enquanto se dirigiam ao poço, voltavam dele, ou esperavam a retirada de cada jarro de água. Mas a mulher de nossa história vem sozinha. Evidentemente, alguma coisa a separou das outras mulheres da cidade, e fez dela uma pessoa socialmente proscrita. E sabemos mais. Nenhuma mulher naquela cultura falaria com um homem sem que seu marido estivesse presente. Jesus também sabia disso, por isso seu pedido 'vai chamar teu marido' (4.16) tinha a intenção de confronto. Mas não há indicações culturais para o fato de que ela tivesse tido cinco maridos e agora estivesse vivendo com outro, sem estar casada. Assim estendemos sua surpresa quando Ele, homem judeu, é condescendente em falar com uma samaritana. E os discípulos ficaram surpresos por encontrá-lo dialogando com uma mulher sozinha. [...] Muitas pessoas evitadas por outras estão esperando que nos aproximemos delas. Como Jesus, nós podemos reconhecer o pecado nos outros, sem acusar nem condenar" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 3 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 206).
SUBSÍDIO 2
"Muitas vezes, João registra declarações depreciativas, sarcásticas ou céticas que as pessoas fazem sobre Jesus. Em João 4.12, por exemplo, a mulher samaritana pergunta: 'És tu maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?' Essas afirmações, como meio de ironia, são verdades ou mais relevantes do que o orador percebe no momento em que o profere. Contudo, o leitor do Evangelho, tendo a essa altura, pelo menos, alguma noção de quem é Jesus, percebe que a afirmação é verdade e pode sancioná-la. No caso da passagem 4.12, Jesus, de fato, é maior que Jacó. [...] Em João 4, Jesus, no diálogo com a mulher samaritana, faz uma declaração a respeito da natureza de Deus. 'Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade' (v. 24). Embora nenhum desses dois usos da palavra 'espírito' aludam diretamente ao Espírito Santo, a noção de que a adoração deve acontecer em espírito e verdade pressupõe a atividade do Espírito da verdade que leva o crente à verdadeira adoração" (ZUCK, Roy. Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. pp.190, 221).

ESTANTE DO PROFESSOR
ZUCK, B. Roy. Teologia do Novo Testamento. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

CONCLUSÃO
Assim como a mulher em Samaria teve sua história revolucionada, que nosso encontro com Jesus transforme tudo em nós: que nosso testemunho seja para edificação daqueles que estão à nossa volta, que sejamos libertos de todos os nossos pecados, até daqueles que estão no mais profundo de nossas almas. Mas, acima de tudo, que sejamos partícipes da comunidade dos verdadeiros adorares do Pai.

Hora da revisão.

Apresente as principais características daqueles que ainda não adoram, verdadeiramente, ao Pai.
Possuem o coração e a mente cegos; o culto tem como objetivo a obtenção de resultados; veem o pecado como algo normal.

O que significa dizer que nossa adoração a Deus precisa ser consciente?
Que somente podemos adorar a Deus se de fato conhecermo-lo, numa experiência pessoal e espiritual.

Quais as principais consequências de uma vida de adoração?
Uma vida de comunhão com Deus, desejo de comunicar o amor de Deus, tornar-se inspiração para outras pessoas.

É possível adorar a Deus sem reconhecer quem Ele é? Justifique sua resposta.
Não. Resposta Pessoal (Sugestão: Alguém que ignora quem é o Senhor corre o risco de adorar pessoas ou seres, tornando-se assim um idólatra.)

Um verdadeiro adorador pode ser tão egoísta a ponto de não desejar partilhar o Evangelho? Justifique sua resposta.
Não. Resposta pessoal. (Sugestão: Pois o amor de Deus transborda em nossos corações a ponto de ser impossível, se há de fato adoração e comunhão, não partilhar o amor de Deus.)

Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, Em Espírito e em Verdade – A Essência da Adoração Cristã, Comentarista Thiago Brazil, professor, 4º trimestre 2016.

Lição 10 Adorando a Deus em Meio a Calamidade.



Lição 10 Adorando a Deus em Meio a Calamidade.
4  de Dezembro de 2016

TEXTO ÁUREO
(Sl 136.1)
"Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre."

VERDADE PRÁTICA
A nossa fé em Deus leva-nos a adorá-lo em meio às crises e dificuldades.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Cr 20.3 O medo diante da crise
Terça - 2 Cr 20.4 Um pedido de socorro em meio à crise
Quarta - 2 Cr 20.9 Clamor e angústia em meio à crise
Quinta - 2 Cr 20.12 Mantendo os olhos em Deus em meio à crise
Sexta - 2 Cr 20.15 O socorro de Deus em meio à crise
Sábado - 2 Cr 20.17 Deus se faz presente em meio às crises

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Crônicas 20.1-12
1 - E sucedeu que, depois disso, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e, com eles, alguns  outros dos amonitas vieram à peleja contra Josafá.
2 - Então, vieram alguns que deram aviso a Josafá, dizendo: Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi.
3 - Então, Josafá temeu e pôs-se a buscar o SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá.
4 - E Judá se ajuntou, para pedir socorro ao SENHOR;  também de todas as cidades de Judá vieram para buscarem o SENHOR.
5 - E pôs-se Josafá em pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na Casa do SENHOR, diante do pátio novo.
6 - E disse: Ah! SENHOR, Deus de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus? Pois tu és dominador sobre todos os reinos das gentes, e na tua mão há força e poder, e não há quem te possa resistir.
7 - Porventura, ó Deus nosso, não lançaste tu fora os moradores desta terra, de diante do teu povo de Israel, e não a deste à semente de Abraão, teu amigo, para sempre?
8 - E habitaram nela e edificaram nela um santuário ao teu nome, dizendo:
9 - Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti; pois teu nome está nesta casa; e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.
10 - Agora, pois, eis que os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, pelos quais não permitiste que passasse Israel, quando vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e não o destruíram,
11 - eis que nos dão o pago, vindo para lançar-nos fora da herança que nos fizeste herdar.
12 - Ah! Deus nosso, porventura, não os julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos olhos estão postos  em ti.

OBJETIVO GERAL
Ressalvar que a nossa fé nos faz adorar a Deus em meio às crises.

HINOS SUGERIDOS: 478, 524, 581 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Apresentar um panorama do reino do Norte e do Sul;
Mostrar quem foi o rei Josafá;
Enfatizar a trajetória do rei Josafá e seus inimigos. 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito da crise política que o rei Josafá teve que enfrentar. Nações inimigas se levantaram para atacar Judá e diante da força delas, Josafá não teria como escapar. Então, ele decide buscar o Senhor em oração e jejum. Deus é o nosso socorro. Em tempos de crise, faça como o rei, busque ao Todo-Poderoso. O Senhor ouviu e respondeu a oração de Josafá enviando o seu socorro. Não tente resolver as situações difíceis sozinho, ore, busque a Deus e você verá o livramento do Senhor. Diante da vitória contra os seus inimigos, Josafá exalta e adora ao Senhor. Seu coração foi afligido pelo temor, mas o tempo de cantar chegou. Assim, como Deus deu o livramento a Judá, Ele dará o livramento a você, confie.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a respeito da pior crise que o rei Josafá teve que enfrentar. Com a história de Josafá, aprendemos que, em meio às  crises, devemos orar e buscar o socorro de Deus. Veremos que o rei jejuou, orou e confessou sua incapacidade para resolver tal situação. Josafá teve fé. Por isso, recebeu a vitória. Em um gesto de gratidão, ele louva e adora ao Senhor. 

PONTO CENTRAL
A nossa fé nos faz adorar a Deus em tempos de crises.

I - REINO DO NORTE E DO SUL

1. A divisão do reino de Israel.  Os livros dos Reis e das Crônicas apresentam a história da divisão entre as tribos do Norte e do Sul em Israel. O reino do Norte era formado por dez tribos e a capital era Samaria.  O reino do Sul era formado por duas tribos, Judá e Benjamim, e a capital era Jerusalém. No dias de Roboão, filho de Salomão e Naamá, mulher amonita, o reino enfraqueceu. Com o enfraquecimento econômico do reino de Israel, Roboão resolve aumentar a carga tributária, que já era pesada desde os tempos de Salomão. Por causa desse encargo que Roboão não quis aliviar, as tribos do Norte de Israel romperam com as tribos do Sul (2 Cr 10.1-15).

2. O Reino do Norte. O Reino do Norte conseguiu sobreviver por aproximadamente 200 anos. Foi governado por diferentes reis. Na sua grande maioria, os monarcas são identificados pela seguinte expressão: "era  mau" aos olhos de Deus. A maldade dos governantes levou o povo de Deus a experimentar diferentes crises: políticas, sociais e religiosas.

3. O Reino do Sul. Segundo o Guia do Leitor da Bíblia, este reino foi regido por 19 reis que pertenciam à família de Davi. Judá também enfrentou muitas crises e teve que lutar com os mesmos inimigos do Reino do Norte. Ambos os reinos sofreram crises ameaçadoras e graves.

SÍNTESE DO TÓPICO I
O Reino do Norte e do Sul enfrentaram várias crises espirituais e políticas.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"A invasão dos moabitas
Os  moabitas e os amonitas começaram a se  levantar contra Judá desde os dias de Davi. Ao invés de amonitas a Septuaginta traz o termo Meunim, um povo de Seir. A invasão veio do leste ou do sudeste. Dalém do mar é uma referência  ao mar Morto. Josafá conclamou o povo à oração e ao jejum em todo o território de Judá, a fim de buscar a ajuda e a direção de Deus.
Em momentos de crise, a oração é uma fonte de força capaz de nos fazer recordar experiências prévias em que fomos ajudados por Deus. O rei invocou o Deus de seus pais, e relembrou libertações ocorridas no passado, diante do pátio novo. Este seria o pátio externo, provavelmente renovado ou reconstruído desde os dias de Salomão. Sob a sombra do Templo, Josafá se lembrou e citou a oração de seu tataravô, na ocasião em que o local santificado havia sido dedicado (2 Cr 6.28-31). O rei e seu povo se depararam com o tipo de dilema que todos  nós enfrentamos mais de uma vez na vida; e não sabemos nós o que faremos. Mas ele, também tinha o recurso para a solução do problema. Este meio está à disposição de todo o verdadeiro servo de Deus: Os nossos olhos estão postos em ti. Seguindo uma liderança temente e obediente ao Senhor, as esposas (e também as crianças) permaneceram perante o Senhor com os seus maridos e com o seu rei" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 461).

CONHEÇA MAIS
*JOSAFÁ
"Com 35 de idade ele se tornou co-regente com seu pai Asa, até a morte deste em 870, e governou por 25 anos (1 Rs 22.42). Sua mãe era Azuba, filha de Sili. Ele foi contemporâneo de Acabe, e Jeorão de Israel. Fez uma aliança com Israel casando seu filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe e Jezabel (2 Rs 8.18). Apesar deste ato ter aberto a porta à adoração a Baal no reino de Judá, ele foi considerado um bom rei."
Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1089

 O temor a Deus é o princípio da sabedoria. Um povo que teme a Deus se tornará próspero.

II - O REI J0SAFÁ

1. Quem era Josafá (1 Rs 22.41-43). Ele foi o quarto rei de Judá. Com 35 anos de idade, foi co-regente com seu pai, Asa, por três anos (1 Rs 22.41-50). Certamente ele teve como referencial de governo a espiritualidade do seu pai. Seu governo foi próspero. As Escrituras Sagradas afirmam que Deus era com ele, pois "andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai" (2 Cr 17.3). Josafá desfez os altares aos deuses que foram erguidos nos montes. Infelizmente, o Reino de Judá tomou o caminho da idolatria, seguindo o mau exemplo do rei Acabe e da rainha Jezabel.

2. O cuidado de Josafá em instruir o povo (2 Cr 17.1-19). No terceiro ano de seu reinado, Josafá ordenou aos levitas e sacerdotes que fossem às cidades de Judá e ensinassem o "livro da Lei do Senhor". De cidade em cidade, esses homens reuniam o povo nas praças, uma vez que não havia sinagogas nem templos fora de Jerusalém, e ali ensinavam as pessoas.

3. A instrução e temor. Os príncipes, os levitas e sacerdotes ensinavam ao povo a Lei de Deus (2 Cr 17.7,8). O ensino promoveu um grande temor no coração de todos (2 Cr 17.10). O temor a Deus é o princípio da sabedoria. Um povo que teme a Deus se tornará próspero. 

SÍNTESE DO TÓPICO II
Diante da ameaça do inimigo, o rei Josafá buscou ao Senhor com oração e jejum.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Josafá
Ele foi contemporâneo de Acabe, Acazias, e Jorão de Israel. Fez uma aliança com Israel casando seu filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe e Jezabel (2 Rs 8.18). Apesar deste ato ter aberto a porta à adoração a Baal no reino de Judá, ele foi considerado um bom rei.
No terceiro ano do seu reinado, ele conduziu algumas reformas para melhorar a situação religiosa, instruindo pessoalmente o seu povo e enviando levitas com os livros da lei para ensinar nas cidades de Judá (2 Cr 17.7-9). Os filisteus e os árabes lhe pagavam tributos (vv. 10,11), e ele mais tarde fortificou as cidades de seu reino.
Durante os últimos cinco anos de seu reinado, Josafá teve seu filho Jeorão reinando junto a si (2 Rs 8.16 com 1.17). Josafá morreu com sessenta anos de idade, e foi sepultado na cidade de Davi (1 Rs 22.50)" (Dicionário Bíblico Wycliff. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 1088-1089).

III - JOSAFÁ E SEUS INIMIGOS

1. A perigosa aliança feita com Acabe (2 Cr 18.1-3). Josafá tornou-se rico e próspero, mas deixou de buscar ao Senhor e passou a agir por si mesmo, confiando apenas na sua capacidade e nos seus bens. Ele fez uma aliança com Acabe, um rei perverso que, juntamente com sua esposa, estabeleceu o culto a Baal no Reino do Norte. A aliança, selada por meio do casamento com uma das filhas de Acabe, lhe traria derrota moral, física e espiritual. Deus usou Jeú para repreendê-lo. O profeta mostrou ao rei Josafá o quanto a aliança que ele havia feito com Acabe aborrecera ao Senhor (2 Cr 19.2). Alianças feitas sem a orientação e a permissão de Deus sempre trazem prejuízos.

2. Josafá enfrenta a ameaça dos inimigos (2 Cr 20.1-12). Os amonitas, os edomitas e os moabitas uniram forças para invadir Judá, cruzando o mar em direção a En-Gedi. Eles formaram um exército com muitos soldados, cavalos e armas. Então, Josafá temeu os seus inimigos. O seu medo o levou a buscar a Deus com  jejum. Infelizmente, muitos só se lembram de buscar a Deus quando estão cercados pelas dificuldades. Não deixe para buscar a Deus somente nos tempos de crise; busque-o sempre.

3. A ação de  Josafá. Ele precisou agir rápido, pois um grande exército formado por vários inimigos vinha em sua direção. No momento de aflição e desespero, Josafá invocou o nome do Senhor, e apregoou um jejum (2 Cr 20.3). A oração e o jejum nos ajudam a vencer as crises. Era uma nação inteira buscando a Deus. Nenhum crente deve duvidar do poder da oração. O povo se humilhou diante de Deus, mostrando sua total dependência do Senhor. O objetivo era buscar o socorro e a misericórdia de Deus diante do iminente ataque do inimigo. Não há crise que não possa ser vencida quando oramos, jejuamos e confiamos no Senhor. Davi, em um dos seus cânticos, declarou: "Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus" (Sl 20.7). É tempo de invocarmos o nome do Senhor em favor da nossa nação. Precisamos orar e jejuar a fim de que a crise política e econômica seja solucionada. Jesus declarou que determinadas castas de demônios só podem ser expelidas pela "oração e pelo jejum" (Mt 17.21). 
Deus mandou o profeta dizer ao povo que eles não precisariam lutar nem temer, pois Ele mesmo sairia e pelejaria em favor deles (2 Cr 20.17). Josafá e seus súditos creram na Palavra de Deus e adoraram e louvaram ao Senhor (2 Cr 20.18,19). Houve grande júbilo e a certeza da vitória que o Senhor daria ao seu povo. Quando os exércitos inimigos se aproximaram de Jerusalém e ouviram o som dos louvores, dizem as Escrituras Sagradas que eles caíram em emboscadas e se destruíram uns aos outros, sem que ninguém do povo precisasse fazer qualquer coisa. Os exércitos inimigos foram desbaratados porque Deus os confundiu (2 Cr 20.24). Aprendemos que o inimigo não pode resistir ao povo de Deus quando há oração, jejum e verdadeira adoração.

 Alianças feitas sem a orientação e a permissão de Deus sempre trazem prejuízos.

SÍNTESE DO TÓPICO III
Josafá tinha muitos inimigos e teve que enfrentar muitas crises. Mas, todas as vezes que buscou a Deus, Ele enviou o socorro.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Em 853 a.C., Acabe o persuadiu a se ajuntar a Israel em uma tentativa de desarraigar Ramote-Gileade da Síria. Acabe foi mortalmente ferido, mas Josafá sobreviveu (1 Rs 22.1-38). Ele foi severamente reprovado pelo profeta Jeú por ter se associado ao rei Acabe (2 Cr 19.1,2). Judá ocupou uma clara posição subordinada, mas a  aliança foi, temporamente, a fonte da força de ambos os reinos. Em seu retorno, Josafá novamente encorajou a adoração ao Senhor Jeová (1 Cr 19.4).
Ele havia previamente fortalecido as defesas de Judá e trazido Edom ao seu controle. Isto lhe deu o comando das rotas de caravanas da Arábia e  lhe trouxe uma riqueza adicional (2 Cr 17.5; 18.1). Josafá tentou construir uma frota de navios em Eziom-Geber com a cooperação de Acazias, rei de Israel, mas os navios foram destruídos. Josafá recusou quaisquer novas parcerias, provavelmente com medo da invasão de seu território e pelo fato de ter sido repreendido por se unir a Acazias (1 Rs 22.48,49)" (Dicionário Bíblico Wycliff. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1089).

Infelizmente, muitos só se lembram de buscar a Deus quando estão cercados pelas dificuldades. Não deixe para buscar a Deus somente nos tempos de crise; busque-o sempre.

CONCLUSÃO
A história de Josafá é uma história de proezas. Ele buscou ao Senhor em jejum, oração e adoração e Deus lhe concedeu a vitória  em tempos de crise. Se você está enfrentando, como o rei Josafá, uma terrível crise, não desanime. Não se renda diante das ameaças do inimigo. Ore, jejue, adore e veja o livramento do Senhor.

PARA REFLETIR
A respeito de adorando a Deus em meio a calamidade, responda:

O reino do Norte era formado por quantas tribos e qual era a sua capital?
O reino do Norte era formado por dez tribos e a capital era Samaria. 

Quem foi o pai de Josafá?
Josafá era filho de Asa.

Josafá foi um bom rei?
Sim, embora tenha feito aliança com Acabe.

Qual foi a atitude de Josafá diante do iminente ataque do inimigo?
No momento de aflição e desespero, Josafá invoca o nome do Senhor (2 Cr 20.4). Ele apregoou um jejum e oração.

Josafá fez uma aliança errada com qual rei?
Com Acabe.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 68, p41. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA

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Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, professor, O Deus de toda Provisão – Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio as crises, Comentarista Elienai Cabral, 4º trimestre 2016.