segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Lição 10 Mansidão: Torna o Crente Apto para Evitar Pelejas



Lição 10 Mansidão: Torna o Crente Apto para Evitar Pelejas
5 de Março de 2017

TEXTO ÁUREO
(Ef 4.1,2)
“[...] que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor.”

VERDADE PRÁTICA
A mansidão, como fruto do Espírito, torna o crente apto para evitar contendas, pelejas e dissensões.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Cl 3.12 Revestindo-se de mansidão
Terça - 2 Co 10.1 A mansidão e a benignidade de Paulo
Quarta - Mt 11.29 Jesus, o exemplo perfeito de mansidão
Quinta - 1 Tm 6.11 Desejando e seguindo a mansidão
Sexta - Sf 2.3 Busquem ao Senhor os mansos
Sábado - 2 Tm 2.25 Mansidão, essencial ao ensino

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 4.1-7
1 - Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
2 - com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
3 - procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz:
4 - há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
5 - um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
6 - um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.
7 - Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.

OBJETIVO GERAL
Mostrar que a mansidão, fruto do Espírito, torna o crente apto para evitar as pelejas.

HINOS SUGERIDOS: 145, 432, 434 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Saber que a mansidão é o oposto da arrogância;
Mostrar que o crente precisa evitar as pelejas e contendas;
Compreender que os mansos são bem-aventurados.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos sobre mais um aspecto do fruto do Espírito, a mansidão. Muitos confundem mansidão com timidez, medo, covardia. Mas, ser manso é ser corajoso, humilde e saber dominar o nosso temperamento em momentos de crise. Estêvão, o primeiro mártir da Igreja Primitiva era cheio do Espírito Santo, de coragem e também cheio de mansidão. Ele não deixou que a ira e a amargura dominasse seu coração enquanto era apedrejado injustamente pela multidão. Mesmo ferido e quase morto, ele ora ao Pai pedindo que perdõe os seus algozes. Isso é mansidão!  Como professor, você tem agido com mansidão para com todos os seus alunos? Que venhamos pedir ao Pai um espírito manso, a fim de que possamos, com dedicação, realizamos o nosso ministério de ensino, sendo exemplo para nossos alunos.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos mais um aspecto do fruto do Espírito, a mansidão. Veremos também as pelejas como obra da carne e como oposição à brandura. Para ser manso, o crente precisa ter outra virtude que é a humildade. A arrogância, assim como as pelejas, são obras da carne e quem as pratica não pode agradar a Deus, pois Ele abomina o altivo de coração (Pv 16.5). Na Palavra de Deus, os crentes são comparados às ovelhas. Por que tal alegoria? Porque as ovelhas são animais dóceis, mansos e submissos ao pastor (Jo 10.14,15). Se você é ovelha de Jesus, então aprenda a ser manso e humildade. Ouça a voz do Bom Pastor.

PONTO CENTRAL
Os mansos são bem-aventurados.

I - MANSIDÃO, O OPOSTO DA ARROGÂNCIA

1. Mansidão não é covardia. Ser manso é ser humilde, amável e cortez.  A mansidão, como fruto do Espírito, é uma atitude interior que nos leva a agir com graça e amor, mesmo diante de situações difíceis. Paulo, ao escrever a Segunda Epístola aos Coríntios, estava enfrentando uma situação muito difícil. Alguns falsos apóstolos estavam difamando-o, distorcendo suas mensagens, enfraquecendo sua autoridade e seu apostolado (2 Co 10-13). Contudo, o apóstolo agiu com mansidão e bondade para com os irmãos. Ele inicia a epístola falando a respeito do consolo que recebera de Deus e dos irmãos (2 Co 1.1-6). Muitos podem pensar que Paulo era um tanto rígido com os irmãos,  mas ele era muito equilibrado. Quando era preciso usava de firmeza para com aqueles que, não querendo andar na verdade, desafiavam sua autoridade apostólica (1 Co 4.21), mas, no trato com os crentes, era como uma paciente e amorosa ama (1 Ts 2.7).

2. Ser manso é ser corajoso. A mansidão não faz do crente um covarde ou tímido, mas permite que se oponha ao espírito da arrogância e viva de maneira que o nome do Senhor seja exaltado. Moisés era manso, mas, ao mesmo tempo, demonstrou força e coragem (Nm 11.15; 12.3). Jeremias era um forte proclamador das verdades divinas, mas disse que não passava de um manso cordeiro (Jr 11.19).

3. A mansidão, fruto do Espírito. Como fruto do Espírito, a mansidão faz parte das qualidades que devem estar presentes na vida dos súditos do Reino de Deus (Mt 5.11). Jesus ensinou a mansidão e ofereceu o seu fardo a todos aqueles que estavam sofrendo com as cargas impostas pelo judaísmo, pelos romanos e por Satanás (Mt 11.29,30).
Jesus era simples, humilde e dócil (Mt 11.29). As pessoas tinham prazer em estar ao seu lado. É muito difícil estar ao lado de pessoas altivas. Em geral, os altivos gostam de pelejas, pois acreditam que estão sempre com a razão e que são os donos da verdade. Você conhece alguém assim? Então, ore por ele(a) para que venha a se arrepender, ser cheio do Espírito Santo e desenvolver o fruto do Espírito.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Ser manso é ser corajoso e a mansidão é aposta a arrogância.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, para iniciar o primeiro tópico da lição, providencie a figura de uma pomba, de um cordeiro e de algumas ovelhas. Você pode conseguir as figuras na internet ou recortar de revistas usadas que não sirvam mais. Mostre a figura da pomba e pergunte aos alunos: "O que vem a sua mente quando vocês veem  a figura de uma pomba?" Ouça os alunos. Em seguida, diga que a pomba é símbolo do Espírito Santo. Depois mostre a figura de um cordeiro e pergunte novamente o que vem a mente deles quando olham a figura. Diga que Jesus é apresentado nas Escrituras como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.35). Em seguida, mostre a figura das ovelhas. Diga que somos ovelhas do rebanho de Cristo, o Bom Pastor (Jo 10.14,15). Depois pergunte aos alunos: "O que esses animais têm em comum?" Ouça-os e incentive a participação de todos tornando a aula mais participativa. Explique que eles têm em comum o fato de serem animais dóceis, mansos. Conclua explicando que a mansidão é um aspecto do fruto do Espírito Santo que nos ajuda a evitarmos as pelejas e contendas.

CONHEÇA MAIS
*Mansidão
"Este fruto é um dos mais difíceis de definir, principalmente porque é impossível traduzir prautes (mansidão) por um único termo em nosso idioma. Ser manso não tem conotação de ser 'desalentado, desanimado, mole, fraco ou destituído de energia ou força moral'. Mansidão é a combinação de força e suavidade. Quando temos prautes, tratamos todas as pessoas com cortesia perfeita, reprovamos sem rancor, argumentamos sem intolerância, enfrentamos a verdade sem ressentimento, iramos, mas não pecamos, somos gentis, mas não fracos." Para conhecer mais leia, Comentário Bíblico Beacon, CPAD, p. 76.

A única forma para combater a peleja é ser cheio do Espírito Santo.

II - EVITANDO AS PELEJAS E CONTENDAS

1. Pelejas e discórdias. Na língua portuguesa, tais palavras possuem quase o mesmo significado, porém no grego a palavra utilizada para discórdia é eritheiai que significa desavença e desarmonia. Esta palavra também é utilizada para descrever um mercenário, pessoa que luta por posição e glória. Paulo exortou os crentes da Galácia mostrando que as inimizades, porfias, emulações, pelejas e dissensões são obra da carne (Gl 5.20).

2. Ações do homem carnal. Atualmente, muitos não estão lutando mais pela causa de Cristo, porém apenas por cargos e posições. Um dos sinais de que uma pessoa não está preparada para exercer o ministério cristão é quando manifesta um desejo incontrolável de, passando por cima de todos, alcançar postos e mandatos. O crente que é sábio, e tem dons ministeriais, espera com paciência e mansidão o momento de Deus. Ele não promove pelejas e nem faz politicagem para alcançar aquilo que é divino, pois tem consciência de que tais atitudes pertencem à velha natureza.

3. Um espírito aguerrido. Ao crente não convém qualquer tipo de peleja ou porfia (2 Tm 2.24). Deus exige santidade do seu povo. Precisamos nos manter incorruptíveis, santos, sinceros e justos em um mundo de trevas (Fp 2.15). Aqueles que estão no mundo têm mentalidade e valores mundanos. Em geral, as pessoas incentivam os outros a brigarem, a contenderem por seus direitos, mas o cristão que tem a vida pautada nos ensinos de Jesus é diferente, pois o Mestre nos manda seguir a segunda milha e amar aqueles que nos perseguem (Mt 5.39-44).A única forma para combater a peleja é ser cheio do Espírito Santo (Ef 5.18). O Consolador nos ajuda a seguir os passos de Jesus Cristo. Ele jamais procurou ser famoso, mas era humilde e amoroso (Fp 2.5-8).

SÍNTESE DO TÓPICO II
O crente deve evitar toda a forma de pelejas e contendas.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Contenda
Palavra muitas vezes utilizada na Bíblia Sagrada. Foi utilizada em 1 Timóteo 1.6 na expressão 'vãs contendas' (cf. Tt 1.10). Há versões que trazem a expressão 'discursos vãos'. Uma boa tradução da palavra é aquela que transmite a ideia de discussão. Evidentemente significa orgulho, presunção, falar contra aquilo que Deus revelou e falar contra o próprio Deus.
Várias palavras gr. e heb. são usadas para sugerir contenda, luta e briga. A contenda pode ser física, oral ou espiritual. Ela pode descrever a natureza de um homem (Jr 15.10; Hc 1.3). O orgulho pode trazer a contenda (Pv 13.10). Os cristãos são admoestados a evitar as brigas contenciosas (1 Co 1.11; Tt 3.9). A intensa disputa entre Barnabé e Paulo (At 15.39) pode referir-se a mais um caso de irritação e incitamento interior do que a uma expressão exterior de contenda" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 448).

Jesus mostrou que seu reino não era desse mundo, e felizes não eram os que se envolviam em pelejas e motins.

III - BEM-AVENTURADOS OS MANSOS

1. O Sermão da Montanha. Encontramos nos capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus os princípios estabelecidos por Jesus para todos os que querem fazer parte do Reino dos Céus. Um dos princípios do Mestre é a mansidão (Mt 5.5). Os judeus estavam sob o jugo dos romanos, por isso, ansiavam por um messias que viesse fazer uma revolução e os libertasse da opressão política. Mas Jesus mostrou que seu reino não era desse mundo, e felizes não eram os que se envolviam em pelejas e motins, mas os mansos e os pacificadores. O que significa ser manso? Ser manso significa ser humilde e submisso a Deus. Significa que entregamos tudo ao Pai. No Sermão do Monte, há uma recompensa para os mansos: "[...] eles herdarão a terra" (Mt 5.5).

2. Estêvão um homem manso. Estêvão era cheio de fé e do Espírito Santo. Diante dos seus algozes, ele se colocou de joelhos e clamou ao Senhor por eles dizendo: "[...] não lhes imputes este pecado [...]" (At 7.60). Se Estêvão fosse um homem carnal, com certeza desejaria vingança e agiria com ira diante daqueles que o apedrejavam. Somente cheios do Espírito podemos permanecer mansos e tranquilos diante daqueles que desejam e executam o mal contra nós.

3. A mansidão de Cristo. O Senhor Jesus sofreu as piores dores que um homem pode experimentar. Suas dores foram físicas e emocionais, mas em momento algum Ele abriu a boca para reclamar ou murmurar contra o Pai e contra aqueles que o maltratavam. O texto de Isaías afirma que "Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca" (Is 53.7). Como você age diante daqueles que o maltratam e querem o seu mal? Que venhamos a pedir ao Senhor mansidão.

SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus declarou no Sermão do Monte que os mansos são bem-aventurados.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A mansidão é essencial para o ministério eficaz ao Senhor. Deus nos escolheu para representá-lo perante um mundo perdido e agonizante. O que o mundo vê em nós que atrai as pessoas a Jesus Cristo. Todos os aspectos da mansidão - submissão, elementos necessários de nosso testemunho e serviço cristão, quer testemunhando para os perdidos, fazendo discípulos para Jesus ou restaurando um irmão fraco" (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD,2004 p. 112)

CONCLUSÃO
Evitemos todo tipo de peleja, pois já somos novas criaturas (Jo 3.3). Sejamos mansos e humildes de coração, sempre seguindo o exemplo de nosso Salvador, procurando em tudo glorificar o seu nome.

PARA REFLETIR
A respeito da mansidão, torna o crente apto para evitar pelejas, responda:

De acordo com a lição, o que é ser manso?
Ser manso é ser humilde, amável e cortez. 

Cite exemplos bíblicos de mansidão.
Jesus, Estevão, Moisés.

Segundo a lição, qual a única forma para combater a peleja?
Sendo cheio do Espírito Santo.

Qual a palavra utilizada no grego para discórdia? Qual o seu significado?
No grego a palavra utilizada para discórdia é eritheiai que significa desavença e desarmonia.

Qual a recompensa para os mansos segundo o Sermão da Montanha?
Eles herdarão o Reino dos Céus.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 69, p41.
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Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, professor, As Obras da Carne e o Fruto do Espírito – Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente, Comentarista Osiel Gomes, 1º trimestre 2017.

Lição 10 A MISSÃO SOCIAL DA IGREJA



Lição 10 A MISSÃO SOCIAL DA IGREJA 
05 de março de 2017

Texto do dia
(At 4.35)
"E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha."

Síntese.
Por meio de ações sociais, a igreja local pode estender o Reino de Deus socorrendo pessoas e demonstrando o amor de Deus na prática.

Agenda de leitura
SEGUNDA - Dt 15.10,11 A responsabilidade social no AT
TERÇA - Gl 2.10 A responsabilidade social no NT
QUARTA - Sl 14.6 Deus é o refúgio dos pobres
QUINTA - At 4.34 A responsabilidade social na igreja primitiva
SEXTA - Tg 1.27 Ajudar os órfãos e as viúvas
SÁBADO - Tg 2.14-17 Fé e obras sociais

Objetivos
ANALISAR o cuidado de Deus para com os pobres;
MOSTRAR a Igreja Primitiva como exemplo de cuidado com os necessitados;
COMPREENDER que a fé sem as obras é morta. 

Interação
Professor, na lição deste domingo estudaremos a respeito da missão social da igreja. A Igreja de Cristo tem uma missão a cumprir junto aos pobres e necessitados e não podemos ser negligentes com tal incumbência. Nossa missão não é somente proclamar o Evangelho, mas revelar a nossa fé no Salvador mediante as boas obras. Sabemos que ninguém será salvo pelas boas obras, mas nossas ações em favor dos desvalidos agradam a Deus e evidenciam a nossa fé. Que jamais venhamos nos esquecer que "a fé sem obras é morta" (Tg 2.17). Como Igreja recebemos a missão de pregar o Evangelho (Mc 16.15) e socorrer os carentes e necessitados.

Orientação Pedagógica
Inicie a aula fazendo a seguinte indagação aos alunos: "A  Igreja de Cristo tem uma missão social a cumprir?". Ouça as respostas e incentive a participação de todos. Diga que a Igreja tem uma missão evangelizadora, ensinadora e social a cumprir neste mundo. Em seguida, entregue a uma aluna uns 15 palitos de churrasco (amare os palitos com um barbante ou linha) e peça que ela quebre, ao mesmo tempo, todos os palitos ao meio. Com certeza ela terá dificuldade em quebrar todos os palitos juntos. Diga que para a igreja cumprir sua missão social na localidade onde ela está inserida todos precisam cooperar. É quase impossível uma pessoa sozinha dar conta de socorrer os aflitos e necessitados. Explique que é responsabilidade de todos os crentes, e não apenas do pastor, ajudar os necessitados e carentes. Desamarre os palitos. Entregue um para cada aluno e peça que o quebrem. Mostre o quanto foi fácil quando cada um quebrou um palitinho. Para concluir, peça aos alunos que citem algumas ações que eles podem fazer para ajudar os necessitados da igreja e da comunidade. À medida que forem falando vá relacionando no quadro. Incentive-os a colocarem tais ações em prática.

Texto bíblico
Atos 2.42-46
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
Atos 4.32-35
32 E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
33 E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
34 Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos.
35 E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Por missão social da Igreja entendemos a ingerência do Corpo de Cristo nas causas relacionadas ao serviço social, ajudando os necessitados.
A igreja, entre tantos desafios, tem o dever de pregar o Evangelho aos perdidos, e socorrer aqueles que precisam de ajuda, dentro, é claro, de suas possibilidades. Essa é a missão social da Igreja, a de agir em favor dos mais necessitados.  Não podemos apenas apresentar o Evangelho aos carentes, mas igualmente colaborar socorrendo-os em suas necessidades.

I - O CUIDADO DE DEUS PARA COM OS POBRES

1. Orientações em relação aos mais necessitados. Os pobres sempre foram contemplados pelo olhar divino. Tiago comenta: "Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?" (Tg 2.5). Isso nos mostra que Deus está atento ao clamor dos necessitados, e espera que nós o representemos diante dessas pessoas, não apenas com uma pregação eloquente, mas com atitudes compatíveis com a nossa fé.

2. A provisão de Deus. Houve ocasiões em que Deus se utilizou de milagres para socorrer as pessoas. Elias foi sustentado milagrosamente por uma viúva pobre, em Sarepta. Eliseu foi procurado por uma viúva que perderia seus filhos para um credor, e Deus fez um milagre multiplicando o azeite que ela possuía em casa. Boaz, bisavô de Davi, era um homem de recursos em Israel, e orientou Rute a que apanhasse espigas no seu campo. Havia uma ordem de Deus, na lei, sobre o trato para com os pobres na terra prometida: "E, quando segardes a sega da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o SENHOR, vosso Deus" (Lv 23.22). Sendo respeitada, essa ordem equilibraria muitas mazelas sociais e redistribuiria recursos de tal forma que os mais carentes teriam suas necessidades supridas.

3. "Os pobres sempre tereis convosco". A presença de pessoas que tem menos recursos que outras sempre foi constante em todas as culturas e em todos os tempos. Mesmo nos países mais desenvolvidos há diferenças nos estratos sociais.
Jesus reconheceu, em certa ocasião, que havia pobreza em seus dias. Ele estava em um jantar em Betânia, e Maria ungiu Jesus com nardo puro, um tipo de perfume bem caro naqueles dias. Naquela ocasião, Judas reclamou que aquele perfume poderia ser vendido e os valores repassados para os pobres, mas não disse isso por ter cuidado com os pobres,"mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava" (Jo 12.6). A isso Jesus respondeu: "Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes" (Jo 12.8). Ele não disse isso desrespeitando os pobres, mas valorizando seus últimos momentos antes de ir para a cruz.

Pense
Deus, em sua Palavra, nos mostra que socorreu pessoas por meio de outras pessoas, e deseja nos usar para fazer o mesmo.

Ponto Importante
Deus sempre está atento ao clamor dos necessitados.

II - EXEMPLOS DA IGREJA PRIMITIVA

1. A igreja em Jerusalém. É um exemplo de como o Corpo de Cristo pode auxiliar seus membros. As pessoas necessitadas eram socorridas pela própria igreja, de tal forma que "não havia, pois, entre eles necessitado algum" (At 4.34). Em uma ocasião específica, houve questionamentos entre a partilha de auxílios entre as viúvas. As viúvas gregas reclamaram por serem preteridas em relação às viúvas de procedência judaica na distribuição de ajuda na igreja. Então, Deus orientou os apóstolos a que separassem homens confiáveis e cheios do Espírito Santo para que se dedicassem a esse ministério, surgindo daí os diáconos. 

2. Socorrendo os domésticos da fé. "Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé" (Gl 6.10). Essa orientação de Paulo precisa ser seguida sempre em nossas igrejas. Nossos irmãos, os domésticos da fé, devem ter a prioridade no atendimento em questões sociais na igreja. Evidentemente, a igreja local não deixará de auxiliar pessoas da comunidade e que não pertencem à igreja, e essa é uma forma de evangelismo e demonstração de boas obras. Mas jamais podemos esquecer-nos de nossos irmãos.

Pense
A Igreja em Jerusalém foi o primeiro exemplo de como Deus se utiliza da generosidade dos servos
de Deus para auxiliar outros servos de Deus.

Ponto Importante
Devemos socorrer a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.

III - A FÉ SEM AS OBRAS É MORTA

1. O chamado à prática da misericórdia. Uma das características das chamadas "Cartas Gerais" são a sua aplicabilidade. Os escritores judeus desta seção do Novo Testamento aparentemente produziam textos menores - se comparados aos textos paulinos - mas textos diretos e contundentes, como os de Tiago, que tratou a respeito do socorro aos necessitados. Para Tiago, e para Deus, "a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma" (Tg 2.17). Se pudermos fazer algo por nossos irmãos e não o fazemos, nossa fé não tem vida, pois o amor que recebemos de Deus deve ser manifesto em obras, e isso inclui cuidar dos irmãos.

2. Agindo de acordo com a nossa fé. Em uma época como a nossa, em que o país tenta sair de uma forte crise econômica, vemos nas igrejas pessoas que perderam seus empregos, e junto com eles, sua renda e possibilidade de manter suas famílias. Por isso, mais vivo se torna o nosso desafio de, em nome de Deus, representá-lo nessas horas de crise, e tornar seu nome conhecido por atos de misericórdia, que devem ser acompanhados pela pregação da Palavra.

3. Necessidades de nossos dias. Ações diferenciadas podem ser tomadas em nossas igrejas. Podemos promover cursos de alfabetização para pessoas que não sabem ler. Promover um dia de cidadania, com pequenos serviços gratuitos como medir pressão arterial, cortes de cabelo, atendimento médico e jurídico e atividades infantis, entre outros.
Outras atividades, como visitas a enfermos e a presos podem ser promovidas pela igreja. Estes grupos não foram esquecidos. Jesus disse certa vez que quando visitamos os enfermos e os encarcerados, estamos fazendo essas visitas como se estivéssemos visitando o próprio Senhor.

Para Tiago, e para Deus, "a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma" (Tg 2.17).

SUBSÍDIO 1
"[...] A propriedade privada é um dom de Deus para ser usado com o propósito de estabelecer a justiça social e cuidar do pobre e do necessitado. O ladrão arrependido é orientado a não mais roubar, mas sim trabalhar com as mãos e assim ganhar o sustento e 'para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade' (Ef 4.28). Poucos temas nas Escrituras se evidenciam de forma tão direta e clara do que as ordens de Deus para que nos preocupemos com os menos afortunados. 'Aprendei a fazer o bem', Deus brada, 'praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas' (Is 1.17). Através do mesmo profeta, Deus anuncia que o verdadeiro jejum não é um ritual religioso vazio (Is 58.7). Jesus aprofunda nosso sentimento de responsabilidade, falando que ao ajudarmos o faminto, o desnudo, o doente e o encarcerado, estamos, na verdade, servindo-o (Mt 25.31-46). Mesmo assim os pobres nunca são reduzidos a meros recebedores passivos da caridade; eles devem trabalhar em troca de benefícios. Esse princípio é melhor exemplificado nas leis do Antigo Testamento que exigiam dos proprietários deixarem generosas margens da colheita ao redor dos campos para que assim os pobres pudessem colher o suficiente para se manterem vivos (Lv 19.9-10; Dt 24.19-22). No Novo Testamento, Paulo censura severamente os que se recusam a trabalhar e urge que eles 'trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão' (2 Ts 3.12)" (COLSON, Charles; PEACEY, Nancy. E Agora, Como Viveremos? 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p. 455).

SUBSÍDIO 2
"Evangelização e responsabilidade social
O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano, criado por Deus. E Deus não o criou como uma alma sem corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma (para que pudéssemos preocupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico), nem tampouco com um corpo-alma em  isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele vive). Não! Deus fez o homem um ser espiritual, físico e social. Como ser humano, o nosso próximo pode ser definido como 'um corpo-alma em sociedade'. Portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Se amarmos o nosso próximo como Deus o amou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total, o bem-estar do seu corpo, da sua alma e da sua sociedade. [...] É verdade que o Senhor Jesus ressurreto deixou a Grande Comissão para a sua Igreja: pregar, evangelizar e fazer discípulo. E esta comissão é ainda a obrigação da Igreja. Mas a comissão não invalida o mandamento, como se 'amarás o teu próximo' tivesse sido substituído por 'pregarás o Evangelho'. Nem tampouco reinterpreta amor ao próximo em termos exclusivamente evangelísticos" (STOTT, John R. W. Cristianismo Equilibrado. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.60,61).

ESTANTE DO PROFESSOR
STOTT, John R. W. Cristianismo Equilibrado. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

CONCLUSÃO
Deus nos dá a oportunidade de fazer a diferença na vida de pessoas necessitadas, e socorrê-las em seu nome. Por isso, devemos estar atentos e dispostos, para que a nossa pregação não seja apenas de palavras, mas de atitudes que espelhem o amor de Deus através de nossas mãos.

Hora da revisão

O que é a missão social da igreja?
Por missão social da Igreja entendemos a ingerência do Corpo de Cristo nas causas relacionadas ao serviço social, ajudando os necessitados.

No Antigo Testamento Deus se utilizou de que método para socorrer os aflitos?
Houve ocasiões em que Deus se utilizou de milagres para socorrer as pessoas.

Sempre teremos necessitados na igreja e no mundo?
Sim. Certa vez, Ele declarou: "Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes" (Jo 12.8).

O que significa socorrer os domésticos da fé?
Significa ajudar nossos irmãos, membros de nossas igrejas, em suas necessidades.

Por que a fé sem obras é morta?
Porque nossa fé precisa ser evidenciada mediante nossas obras. Se pudermos fazer algo por nossos irmãos e não o fazemos, nossa fé não tem vida, pois o amor que recebemos de Deus deve ser manifesto em obras, e isso inclui cuidar dos irmãos.

Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, professor, A Igreja de Jesus Cristo – Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno, Comentarista Alexandre Coelho, 1º trimestre 2017.